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EUA cancelam evento militar com Brasil; Defesa acende alerta

O cancelamento de um evento militar conjunto entre os Estados Unidos (EUA) e a Força Aérea Brasileira (FAB) despertou preocupações no Ministério da Defesa diante do atual cenário de tensão política e econômica que envolve os dois países. O afastamento se estende também à principal operação anual da Marinha brasileira, a Operação Formosa, que pode não contar com a presença norte-americana neste ano.

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A Conferência Espacial das Américas, que seria realizada em Brasília de 29 a 31 de julho, foi suspensa pelos Estados Unidos, conforme comunicado da FAB. O encontro reuniria representantes de diversos países do continente para discutir cooperação nas áreas espacial, militar, econômica e de telecomunicações.

Atrito político entre o governos Lula e o dos EUA

Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, em alusão à matéria sobre os PMs que aguardam julgamento na CorteFachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, em alusão à matéria sobre os PMs que aguardam julgamento na Corte
O Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de críticas do governo dos EUA | Foto: Wallace Martins/STF

Segundo o histórico do evento, a última edição ocorreu em Miami e contou com dez países, incluindo Argentina, Canadá e México. Apesar de os EUA não apresentarem justificativa oficial para o cancelamento, fontes interpretam a medida como reflexo do atrito entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, conforme o jornal Folha de S.Paulo.

A crise ganhou força depois de declarações do presidente norte-americano, que criticou o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele acusou-os de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O governo dos EUA também aplicou sanções ao ministro Alexandre de Moraes e cassou vistos de magistrados e outros brasileiros.

Leia mais: “Lula empurra o Brasil para o lado errado da história”, artigo de Adalberto Piotto publicado na Edição 283 da Revista Oeste

No âmbito econômico, o governo Trump elevou tarifas sobre produtos brasileiros em 50%, enquanto autoridades do Brasil alegam bloqueio nos canais de diálogo com Washington. Este cenário influencia diretamente a participação dos EUA em exercícios militares no Brasil, como a própria Operação Formosa, que mobiliza 2 mil militares e mais de cem veículos.

Impacto nas operações militares e mudança de parceiros

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Em 2023, fuzileiros norte-americanos participaram do exercício ao lado de tropas chinesas, em um movimento inédito. Para a edição de 2025, a Marinha brasileira ainda não recebeu resposta ao convite feito ao contingente dos EUA. Segundo fontes, a China já informou que não enviará militares para a operação deste ano.

Apesar da tradição de dez anos de presença norte-americana, a cooperação vinha se intensificando nos últimos dois anos. Contudo, setores do governo Lula manifestaram desconforto com a participação dos EUA em Formosa, pois seria inadequado realizar treinamentos com um país que impõe sanções ao Brasil.

Leia também: “A cavalaria chegou”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 283 da Revista Oeste

Oficiais da Marinha avaliam que o distanciamento de Washington também tem relação com o fortalecimento dos laços militares entre Brasil e China. Tropas chinesas passaram a integrar exercícios no Brasil, e, em contrapartida, o governo brasileiro enviou um oficial-general para atuar na embaixada em Pequim.

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