Cresce a convicção de que os Estados Unidos (EUA) manterão o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, previsto para entrar em vigor a partir de 1º de agosto. Fontes diplomáticas, conforme o jornalista Cláudio Humberto, relatam sobretudo que o presidente Donald Trump está pessoalmente irritado com a perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com atos de censura atribuídos ao governo Lula — inclusive contra empresas e cidadãos norte-americanos.
Além do aumento tarifário, o Brasil deve ser alvo de novas sanções, como já indicou o Bureau of Western Hemisphere Affairs ao anunciar medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, no âmbito da Lei Global Magnitsky.
EUA já precificaram o conflito
Do ponto de vista comercial, Trump já teria, aliás, “precificado” a briga. O Brasil representa apenas 1,1% das importações norte-americanas. Em 2024, os EUA compraram US$ 40,3 bilhões do Brasil — valor irrelevante frente aos US$ 3,4 trilhões do total importado. Já os EUA são o segundo maior comprador do Brasil, com 12% das exportações.
Com quase todos os demais países do Brics já alinhados a Washington, o Brasil aparece desse modo como elo mais frágil. Confrontar potências como China, Índia ou Rússia teria custo alto. Já o Brasil, com capacidade de retaliação próxima de zero, se torna alvo fácil.


A política econômica do governo Lula, com retórica de guerra de classes e aumento de impostos, tem acelerado a saída de recursos. Em 2024, os brasileiros enviaram ao exterior US$ 654 bilhões, segundo o Banco Central. Enquanto isso, o chanceler Mauro Vieira se ausentou do país logo depois da carta dura de Trump e evitou Washington na viagem seguinte, para não desagradar ao presidente Lula.
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