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EUA dobram recompensa por informações que levem Maduro à prisão

O governo dos EUA aumentou de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (mais de R$ 270 milhões) a recompensa oferecida por informações que levem à prisão o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. O comunicado foi feito nesta quinta-feira, 7.

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O valor, recorde na história do país, representa uma resposta direta das autoridades norte-americanas a um governo que considera ilegítimo. A Organização dos Estados Americanos (OEA) e outras entidades independentes reconheceram fraudes nas eleições realizadas há um ano na Venezuela, quando o regime proclamou Maduro eleito para um terceiro mandato. O governo dos EUA também considera o ditador o chefe de um cartel de narcoterrorista, o Cartel de los Soles.

Nesta quinta-feira, 7, o secretário de Estado, Marco Rubio, fez um comentário sobre o aumento da recompensa e frisou “Maduro precisa ser levado à Justiça”.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, descreveu a decisão como “histórica” e declarou que Maduro está entre “os maiores narcotraficantes do mundo” e representa um risco à segurança nacional.

O vice-secretário de Estado, Christopher Landau, confirmou que esse é o maior montante já oferecido por um indivíduo nos Estados Unidos. “Essa é a maior recompensa da nossa história e o dobro do valor oferecido por Osama bin Laden”, postou. “Aguardo ansiosamente a pronta restauração do governo constitucional na Venezuela, que rejeitou Maduro por ampla maioria e votou em Edmundo González e María Corina Machado no ano passado”.

Recompensa por Maduro é a maior da história dos EUA

As acusações de narcoterrorismo contra Maduro foram formalizadas em março de 2020, durante o governo Donald Trump. Naquele momento, a recompensa era de US$ 15 milhões. Com a gestão de Joe Biden, o valor subiu para US$ 25 milhões em janeiro de 2025, depois da posse de Maduro para o terceiro mandato.

O montante atual supera o valor destinado à captura do terrorista Osama Bin Laden depois dos atentados de 11 de setembro, quando os EUA ofereceram US$ 25 milhões pelo líder da Al-Qaeda.

Embora em 2007 o Senado tenha aprovado aumentar a recompensa para US$ 50 milhões, registros oficiais mostram que a cifra não foi alterada. Bin Laden foi morto em 2011 por forças americanas no Paquistão, e segundo relatos, nenhuma recompensa foi paga, pois ele foi encontrado por meio de informações de inteligência.

Em 2003, um homem já havia recebido US$ 30 milhões por ajudar na localização de Uday e Qusay Hussein, filhos do ex-ditador Saddam Hussein, superando o valor pago individualmente por Bin Laden. Agora, Maduro se torna o alvo da maior recompensa já oferecida pelo governo americano.

As acusações contra o ditador Nicolás Maduro

As autoridades dos EUA acusam Maduro de conspiração para narcoterrorismo, tráfico de drogas, importação de cocaína e uso de armas em apoio ao tráfico. Ele é apontado como líder do Cartel de los Soles, grupo considerado organização terrorista internacional pelo governo dos Estados Unidos.

O governo norte-americano informou também que já apreendeu mais de US$ 700 milhões em bens ligados a Maduro, incluindo dois jatos e nove veículos. Além disso, as autoridades policiais dos EUA interceptaram 30 toneladas de cocaína associadas ao ditador venezuelano e seus aliados, das quais quase 7 toneladas teriam ligação direta com Maduro.


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