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EUA retiram visto do secretário Mozart Sales; entenda

O governo dos Estados Unidos retirou nesta quarta-feira, 13, o visto de entrada do secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Júlio Tabosa Sales, e de Alberto Kleiman, ex-integrante da administração federal.

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, divulgou a decisão. Ele apontou a atuação de ambos na implementação do programa Mais Médicos como motivo para a sanção.

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A Casa Branca afirma que, entre 2013 e 2018, período em que o projeto ocorreu em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o governo de Cuba, o Brasil repassou recursos que beneficiaram diretamente a ditadura cubana.

A acusação sustenta que a Opas empregou médicos estrangeiros sem cumprir as exigências constitucionais brasileiras, servindo como intermediária no processo. Além disso, a entidade teria driblado sanções impostas pelos EUA contra Havana enquanto realizava essa intermediação.

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O Departamento de Estado ressalta que o Brasil direcionou parte dos valores recebidos ao regime cubano. Essa transferência, segundo o órgão, enriqueceu autoridades do país caribenho e reduziu o atendimento à população local.

O governo lançou o Mais Médicos em 2013 para ampliar o atendimento em regiões carentes e no interior do país. Cuba encerrou a participação de seus profissionais em 2018, durante o governo Jair Bolsonaro. O Brasil relançou o projeto em 2023 e, segundo dados oficiais, mantém hoje cerca de 24,7 mil médicos em 4,2 mil municípios brasileiros.

Trajetória de Mozart Sales

Mozart formou-se em Medicina pela Universidade de Pernambuco, especializou-se em Medicina Legal e concluiu doutorado em Saúde Integral pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. Atua como servidor do Hospital Universitário Oswaldo Cruz desde 1999 e como médico legista do Instituto de Medicina Legal de Pernambuco.

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Na política, foi vereador do Recife entre 2004 e 2008 e presidiu a Comissão de Saúde da Câmara Municipal. No Ministério da Saúde, atuou como assessor, chefe de gabinete e, de 2012 a 2014, como secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, período em que participou da criação do Mais Médicos no governo Dilma Rousseff.

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