Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e atual secretário de governo do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz usou as redes sociais para repercutir a ordem de prisão domiciliar de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira, 4.

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Na visão do advogado, o político do Partido Liberal deveria ser executado, sob “pena de morte”, modalidade que não tem previsão no Código Penal brasileiro. “Hoje é um dia de festa!”, escreveu Santa Cruz, em seu perfil oficial no X, já na madrugada desta terça-feira, 5.

“Esse m**da que matou tantos na pandemia está preso. Que os mortos o assombrem. Traição aos cânones democráticos. No meu mundo ideal seria pena de morte. Bala na nuca!”

Desentendimentos entre Santa Cruz e Bolsonaro

Os atritos entre Felipe Santa Cruz e Jair Bolsonaro não são recentes. Em 2019, o então presidente da OAB acionou o STF, depois de declarações de Bolsonaro sobre o desaparecimento de seu pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, no período do regime militar.

À época, Bolsonaro também levantou dúvidas sobre a atuação da Ordem no caso de Adélio Bispo, autor do ataque a faca contra ele em 2018. “Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do Adélio]?”, questionou o liberal. “Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”

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Na sequência, Bolsonaro mencionou o caso do pai de Santa Cruz. “Um dia, se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele”, disse. “Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele.”

Depois dessas declarações, Santa Cruz solicitou ao STF que notificasse o então presidente para que explicasse publicamente o conteúdo da fala.