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Ex-deputado Paulo Melo é alvo de operação policial

O ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Paulo Melo (MDB) foi alvo de uma operação deflagrada nesta sexta-feira, 25. A ação focava em um suposto esquema de jogos ilegais envolvendo máquinas caça-níqueis em Saquarema, na Região dos Lagos.

O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), por meio do Gaeco e com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, fez buscas em seis endereços ligados aos suspeitos. As investigações apontam que o grupo utilizava estabelecimentos comerciais, especialmente bares, para instalar máquinas caça-níqueis e promover jogos de azar.

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O objetivo das diligências era coletar dispositivos eletrônicos e documentos que possam comprovar a prática ilegal e lavagem de dinheiro, segundo a apuração do jornal O Dia. Durante a ação, uma quantia significativa em reais e dólares foi apreendida. O MP-RJ informou que os valores obtidos com a exploração dos jogos eram movimentados nesses estabelecimentos e tinham sua origem disfarçada por meio de lavagem de dinheiro.

Sede histórica da AlerjSede histórica da Alerj
Sede histórica da Alerj | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Vara de Organização Criminosa da Capital fez a expedição dos mandados de busca e apreensão. Além de Paulo Melo, um empresário do ramo de bares também está sob investigação.

Paulo Melo afirmou não ter qualquer envolvimento com o esquema. Em nota, o ex-parlamentar acrescentou que a operação teria origem em denúncias feitas por adversários políticos e destacou que o dinheiro apreendido em sua casa possui origem declarada no Imposto de Renda.

O ex-presidente da Alerj já havia sido detido em 2020, depois de apurações sobre fraudes em contratos de terceirização de mão de obra, que envolviam o pagamento de propina a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, deputados estaduais e outros agentes públicos.

Leia a nota completa enviada pela assessoria de Paulo Melo

“Hoje eu fui surpreendido com o Ministério Público, com uma autorização judicial, para fazer uma busca e apreensão na minha casa. Na hora, sinceramente, nem sabia do que se tratava. Mais tarde, vendo os noticiários, tomei conhecimento de que se tratava de um processo de caça-níquel.

Tenho mais de 35 anos de vida pública, nunca tive qualquer contato, jamais tive qualquer aproximação com qualquer pessoa que trabalha e que explora essa área. Esse processo se dá em virtude de denúncias vinculadas na internet por adversários meus.

Agora, tomando conhecimento de todo ocorrido, pude observar que dentre as pessoas que tiveram outras buscas, um foi candidato a vereador do lado do meu maior adversário político de Saquarema, e que usou toda a estrutura a favor de sua campanha.

É lamentável que tentem me ligar a quem tem responsabilidade e que não é do meu grupo político.

É lamentável que o Ministério Público, sem apurar nada, se preste a esse papel.

Confio plenamente na lisura do Ministério Público e estou a disposição da justiça para qualquer tipo de esclarecimento. Fico com a certeza de que nada será provado. É impossível qualquer tipo de prova, já que não existe qualquer ligação.

Esclareço ainda que o dinheiro recolhido em minha residência tem o devido lastro e como deveria ser, foi declarado no Imposto de Renda.”


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