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Ex-diretor do Corinthians defende contratação de Memphis Depay: ‘Jogador que se paga’

De volta às redes no empate em 1 a 1 diante do Botafogo, Memphis Depay tenta reencontrar os dias de harmonia com a camisa do Corinthians. Passo importante para o futuro do camisa 10 no Parque São Jorge será o clássico contra o Palmeiras, justamente um rival contra o qual o holandês teve seu momento de maior brilho desde a chegada ao Brasil.

O Dérbi pelas oitavas de final da Copa do Brasil começará a ser disputado nesta quarta-feira (30), na Neo Química Arena. A volta acontece no Allianz Parque, no dia 6 de agosto.

Mas ao contrário do ambiente que antecedeu a decisão do Campeonato Paulista, que terminou com o título alvinegro após dois jogos com o meia-atacante no centro dos holofotes e decisivo em campo, o confronto pelo mata-mata nacional acontece com Depay cercado por polêmicas fora dos gramados.

Entre os questionamentos, inclusive, está um debate sobre a capacidade financeira do clube para seguir honrando os valores acertados no atual contrato com Memphis.

“É importante ter todo o contexto da chegada do atleta”, disse à ESPN o advogado Vinícius Cascone, ex-diretor jurídico do Corinthians e secretário-geral do clube na época da chegada do holandês.

“Quando você traz um atleta desse nível, jogando no futebol europeu, tem um custo bastante elevado. Isso não é segredo para ninguém. Basta ver contratações semelhantes de atletas de ponta que estavam no mercado europeu e retornaram ao Brasil, alguns jogadores brasileiros. O ponto é que o Memphis é um grande ativo desportivo e comercial. No meu entendimento, precisa ter sua imagem cada vez melhor explorada nesse sentido”.

O Corinthians ocupava a 18ª posição do Campeonato Brasileiro quando Depay foi anunciado, com 25 pontos ganhos após 25 rodadas disputadas.

Com o holandês, o time de Ramón Díaz arrancou na reta final do Brasileirão para mais do que dobrar o desempenho e terminar na colocação, com 56 pontos e dentro da zona de vagas para a fase preliminar da CONMEBOL Libertadores.

“A chegada do Memphis no segundo semestre de 2024 trouxe um impacto financeiro muito positivo. Indiscutível, inclusive, a questão do posicionamento no Campeonato Brasileiro. O Corinthians recebia por posição alcançada no Brasileiro”.

“Quando o Memphis chegou, o Corinthians estava flertando com a zona de rebaixamento, e quando se encerrou o campeonato, o Corinthians terminou em sétimo lugar. Então só aí tem uma vantagem financeira enorme de alguns milhões de reais que o Corinthians recebeu a mais por posicionamento no campeonato. A classificação para a Copa do Brasil, o Corinthians estava fora da Copa do Brasil, então também tem um valor financeiro na mesa. Tem a questão também da classificação para a pré-Libertadores, que também envolvem um valor financeiro.

“Só aí, só na entrada do Memphis nesse aspecto dos direitos de TV que o Corinthians recebeu, da exposição de imagem, o Corinthians teve um grande ganho financeiro. A gente precisa olhar realmente o contrato como um todo, não simplesmente ver quanto o atleta ganha”.

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Além do aspecto financeiro, Cascone se baseou também no que tratou como “reafirmação da autoestima do clube e da torcida” para defender a chegada de Memphis Depay.

“Esse é um atleta que por tudo que vale na imagem, na reafirmação da autoestima do clube e da torcida, por tudo que ajudou o Corinthians…foi protagonista na conquista do Paulista, depois de seis anos que a gente não ganhava um título. Então, evidentemente que eu entendo que o Memphis é um jogador que se paga. A gente tem como buscar uma série de benefícios, ganhos intangíveis. Basta você ver as crianças. Quantas crianças usam a faixinha?”.

“O tamanho do impacto que o Memphis causou no futebol brasileiro, e a repercussão mundial, de visibilidade que, no meu entendimento, por mais que seja um atleta de custo considerável para o Corinthians, traz benefícios que retornam o pagamento”.

Como informou a ESPN na última semana, o Corinthians busca alternativas para conseguir honrar o contrato assinado com Memphis Depay. Segundo apuração, a conclusão da diretoria, que tem Osmar Stábile como presidente interino, é de que o clube não tem dinheiro para pagar todos os valores ao holandês.

Ainda assim, a intenção é conseguir manter tudo que foi acordado ainda na gestão de Augusto Melo. A expectativa é que, em agosto, o clube ganhe um fôlego financeiro, mas a situação, ainda assim, não é fácil de ser equacionada.

O “fôlego” esperado em agosto tem ligação com a renovação de contrato assinado com a Nike. O dinheiro da fornecedora de material esportivo será usado, prioritariamente, no futebol.

Com Memphis Depay, especificamente, a análise de Stábile e equipe é que o custo assumido em contrato é alto demais. Ainda assim, a intenção é conseguir viabilizar os pagamentos até o fim do vínculo, até julho de 2026. Uma rescisão só seria avaliada se partisse do jogador.

O Corinthians tem uma dívida importante com Depay de quase R$ 5 milhões, fruto de premiação pelo título do Campeonato Paulista. Esse bônus é devido a todo o elenco e começou a ser pago nesta semana – o camisa 10, no entanto, tem direito a fatia maior já prevista inicialmente em seu contrato.

Desde a sua chegada ao Corinthians, foram 14 gols e 15 assistências de Memphis Depay em 46 jogos.

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