Wellington Pereira Rodrigues, o Gum, chegou ao Fluminense vindo da Ponte Preta em um momento em que tinha tudo para ser uma passagem curta e marcada por um rebaixamento bem encaminhado, mas a realidade foi completamente diferente. Um dos heróis da permanência em 2009, o zagueiro vestiu a camisa tricolor por dez temporadas e saiu como ídolo.
Convidado do Resenha ESPN desta sexta-feira (15), às 21h (de Brasília), com transmissão do Disney+, Gum relembrou um pouco da história nas Laranjeiras, que incluiu até mesmo um entrevero com Tartá, Alan e Maicon após entrada dura em treinamento. Anos depois, o ex-zagueiro e Tartá se encontraram e “selaram as pazes”.
“Era um dia meio chuvoso, e justo naquele dia o presidente do clube e o presidente da Unimed, Celso Barros, diretoria, foram assistir ao treino, ver como estava o time. Mas começa o treino você esquece [que tinham presenças ilustres assistindo]”, iniciou Gum ao contar sobre sua entrada dura em colega de elenco.
“Já estava chovendo, começou ventania, veio uma bola, meio que lançamento, e eu calculei o tempo de bola errado, o vento levou, e deram uma risada: ‘Agora você não me pega mais’, sacaneou mesmo na hora. Dei-lhe um carrinho criminoso por trás, levantei bola e tudo, peguei mesmo, eu não lembro se foi o Maicon ou se foi o Alan, e gritou assim desesperado: ‘Vai quebrar minha perna’. Eu falei assim, ‘Eu te mato!’. Ele rebateu: ‘Você está louco?’. ‘Louco! Você não viu é nada’, eu respondi”, contou o zagueiro.
Além de Gum, outro protagonista do entrevero participou da bancada do Resenha ESPN. Tartá, da ‘panelinha’ de Alan e Maicon à época, foi um dos que ficou três dias sem falar com Gum após o carrinho por trás, comprando a briga dos amigos.
“Resumo da história: não conversaram mais comigo, Tartá e os dois que eram muito amigos (Maicon e Alan), aquela panelinha, eles ficaram uns três dias sem conversar comigo, não deram bom dia, boa tarde, não falaram comigo mais. Depois de três dias me deram bom dia, eu respondi ‘bom dia’, e aí voltou a relação, de inimigo virou amigo, mas aí o respeito chegou, dali em diante não tivemos mais nenhum problema”, contou o zagueiro.
Gum disse ainda que, após a primeira entrada no treino, o técnico do Fluminense, Cuca, pediu calma após a chegada dura, e o zagueiro deu sua versão: “Os caras estão tirando sarro tem uns 3 dias, já estava guardado, chegou um tempo que não dava mais para segurar. Aí ele falou: ‘A próxima você vai e dá de novo, só que não fala nada. Dá e fica quieto’. Foi aprovado então, vamo embora!”, brincou o xerifão, apelidado de ‘Gum Guerreiro’ pela torcida tricolor.
No Fluminense, Gum disputou 414 partidas, conquistando dois Campeonatos Brasileiros e um Campeonato Carioca, além de ter iniciado sua trajetória com a histórica permanência de 2009.