O rebaixamento do Lyon à segunda divisão do Campeonato Francês caiu como uma “bomba” no futebol do país. O descenso do clube aconteceu por decisão da DNCG (Direção Nacional de Controle de Gestão), órgão que fiscaliza as finanças dos clubes profissionais na França.
O anúncio foi feito como parte do processo de análise das contas dos clubes para a temporada 2025/26.
Segundo comunicado oficial da DNCG, o Lyon foi punido com a queda de divisão devido à crise financeira que atravessa. O clube pode recorrer da decisão.
Multicampeão pelo Lyon, com nada menos de sete conquistas do Campeonato Francês, Sidney Govou detonou a gestão de John Textor à frente do clube, afirmando que o norte-americano “quebrou tudo em dois anos”.
“De novo, John Textor nos surpreende. Não está indo nada bem. Ele fala bonito, sempre com palavras bonitas, mas, ultimamente, suas ações não são condizentes. Em dois anos, Textor quebrou tudo. E não me diga que era a mesma coisa com (Jean-Michel) Aulas”, disparou Govou em entrevista ao jornal Le Parisien.
“Se der tudo errado com o Lyon amanhã, ele retorna para o Botafogo, e vai fazer as mesmas coisas estúpidas com o Botafogo. O Lyon hoje não é mais um clube atrativo”.
O Lyon, que terminou a última temporada na 6ª posição da Ligue 1, garantindo vaga na próxima Europa League, vive um momento turbulento fora das quatro linhas. A equipe vem enfrentando dificuldades para equilibrar suas contas após anos de investimentos sem retorno esportivo expressivo, além de prejuízos acumulados.
John Textor ainda não se manifestou oficialmente, mas deve apresentar sua defesa nos próximos dias na tentativa de reverter a punição para o clube permanecer na elite do futebol francês.
Em novembro do ano passado, o “aviso” do DNCG já havia sido dado, com o clube sendo proibido de contratar jogadores e sendo informado que seria rebaixado caso não resolvesse as pendências financeiras.
Na época, preocupada com a situação financeira do Lyon, com uma dívida na casa dos 505 milhões de euros (mais de R$ 3 bilhões), a Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP) cobrou explicações de John Textor e Laurent Prud’homme, proprietário e diretor geral do clube, respectivamente.
“Os comissários locais apenas olharam para o clube de futebol francês e não consideraram as centenas de milhões de dólares que virão de diferentes partes da nossa organização. Não estamos nada preocupados com a nossa sustentabilidade”, disse John Textor após a reunião.
Uma solução que pode facilitar a mudança na direção é que Textor vendeu 43% das ações do Crystal Palace por US$ 254 milhões, pouco mais de R$ 1,4 bilhão, para Woody Johnson, proprietário do New York Jets, da NFL.