Nesta segunda-feira, 7, autoridades russas confirmaram a morte do ex-ministro dos Transportes da Rússia, Roman Starovoit. De acordo com o comunicado, ele estava imóvel dentro do seu carro nos arredores de Moscou, com um “ferimento de bala”.
O Comitê de Investigação russo, que cuida do caso, ainda apura a causa da morte. A hipótese considerada mais próvável pelos investigadores é de que Starovoit tenha cometido suicídio.
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“A investigação está apurando as circunstâncias da morte de Roman Starovoit”, afirmou a instituição pelo Telegram. “A principal hipótese é o suicídio.”
A morte de Starovoit foi confirmada poucas horas depois de o ministro ser demitido pelo ditador russo, Vladimir Putin.
Starovoit assumiu o Ministério dos Transportes em maio do ano passado. Antes de comandar a pasta, ele passou quase cinco anos como governador da região de Kursk, que fica na fronteira com a Ucrânia.


Putin não justificou demissão de Starovoit
Vladimir Putin não apresentou justificativas para afastar Starovoit do cargo apenas um ano depois de tê-lo nomeado.
O número 2 da pasta, Andrei Nikitin, assumiu o cargo interinamente. Nikitin divulgou fotos em que aparece apertando a mão de Putin na sede do governo russo.
Questinado pela imprensa, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, elogiou Nikitin, mas não explicou o motivo da mudança repentina.
“No momento, na opinião do presidente, as qualidades profissionais e a experiência de Andrei Nikitin contribuirão melhor para garantir que esta agência, que o presidente descreveu como extremamente importante, cumpra suas tarefas e funções”, afirmou.
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Escândalo de corrupção teria motivado afastamento do ministro
De acordo com informações repassadas por uma fonte à agência de notícias Reuters, a queda de Starovoit era questão de tempo. A sua demissão estaria relacionada a escândalos de corrupção em Kursk.
Meses depois que Starovoit deixou o governo da região para assumir o Minitério dos Transportes, tropas ucranianas cruzaram a fronteira.
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Depois da ação militar da Ucrânia, a Justiça russa determinou a prisão de autoridades locais sob a acusação de abuso de poder.
Em abril deste ano, o novo governador de Kursk, Alexei Smirnov, foi acusado de desvio de verbas destinadas à Defesa.