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Ex-vendedora de trufas em trem nocauteia rival de forma brutal no UFC Rio

O sábado (11) provavelmente para sempre estará na memória de Julia Polastri. A atleta, nascida e criada em Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, fez a festa dentro de casa, já que superou a experiente Karolina Kowalkiewicz, pelo peso-palha (52 kg), na segunda luta do card preliminar do UFC Rio.

A carioca de 27 anos acertou um chute no rosto da polonesa e, após uma sequência de socos, o árbitro optou por termianr a luta, que terminou em nocaute técnico no terceiro round.

A vitória marca a recuperação de Polastri, que havia sido superada em sua última apresentação no octógono. Agora, a atleta soma duas vitórias e duas derrotas desde que ingressou no Ultimate.

Julia atingiu o ápice, dentro do maior evento de MMA do mundo, depois de anos de luta — dentro e fora do cage. Antes de conquistar seu espaço no UFC, ela precisou enfrentar o desemprego e vender trufas nos trens para bancar a própria carreira.

A trajetória de Julia é marcada pela resiliência. Aos 17 anos, ela começou a treinar apenas para aprender uma nova modalidade. Dois anos depois, já competia profissionalmente.

Mas o sonho de viver da luta quase foi interrompido. Após perder o emprego, a jovem precisou encontrar uma forma de continuar treinando. Foi quando teve a ideia de vender doces nos trens do Rio de Janeiro.

“No começo, não tive apoio da minha mãe. Eu fui morar com o Douglas [marido e treinador] e pensei: ‘Caramba, agora a gente tem que pagar aluguel’. No início, era apenas para pagar meu frango, meus suplementos, mas a trufa veio e salvou depois para esses gastos mais caros”, contou em entrevista à Globo, em 2023.

Durante cinco anos, Julia se equilibrava entre as vendas e os treinos intensos, carregando uma bolsa térmica cheia de trufas de um vagão a outro — até finalmente conquistar o espaço e a estabilidade financeira que o esporte lhe proporcionou.

Agora, vivendo um novo capítulo na carreira, Julia celebra o momento de representar o Brasil em casa, diante da torcida carioca.

“É muito legal ter experiências internacionais. A gente como atleta sempre fica ansioso pra sair, viajar, lutar. Mas, cara, lutar em casa, poder sair da minha casa com meu carro e vir pro hotel… É uma sensação que supera tudo”, iniciou, em entrevista à ESPN antes da luta deste sábado.

“Fora isso, tem a energia da galera. Por muito tempo trabalhei nos trens da Supervia aqui no Rio. Então tem muita gente que me conhece, que quando eu lutava fora não tinha a oportunidade de acompanhar. É um carinho muito gostoso e dá um gás a mais pro combate.”

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