A Rússia reafirmou nesta segunda-feira, 2, as exigências para aceitar um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia. A proposta inclui principalmente a anexação de 20% do território ucraniano, conforme informações das agências estatais russas Tass, Interfax e RIA Novosti.
O memorando com os termos foi apresentado durante uma nova rodada de negociações entre os dois países, realizada em Istambul, na Turquia. A Ucrânia já havia recusado essas mesmas condições em encontros anteriores.
Rússia apresenta suas principais exigências
O Kremlin exige que Kiev reconheça como território russo as regiões ocupadas de Crimeia, Lugansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson. Além disso, quer do mesmo modo a retirada completa das tropas ucranianas desses locais.


Outras condições incluem a interrupção do fornecimento de armas e informações de inteligência pelo Ocidente, a realização de eleições na Ucrânia, a limitação do tamanho e do arsenal das Forças Armadas ucranianas, assim como a proibição do país de possuir ou abrigar armas nucleares.
Sem menção à entrada na Otan
Diferentemente de outras ocasiões, o memorando não inclui sobretudo a exigência de que a Ucrânia abandone a intenção de ingressar na Otan. Caso aceite os termos, Kiev teria garantida a assinatura de um acordo de paz, o fim das sanções econômicas e a retomada do comércio, incluindo o fornecimento de gás russo.
Delegação russa na Turquia sem sorriso e séria antes de iniciar a segunda rodada de negociações com a Ucrânia!
A segunda rodada de negociações de paz hoje em Istambul, Turquia, entre a Rússia e a Ucrânia já foi concluída, após apenas cerca de uma hora e meia de discussões. pic.twitter.com/hBNFMVdtHb
— Área Militar (@areamilitarof) June 2, 2025
O encontro ocorreu depois de um ataque ucraniano em solo russo, que destruiu pelo menos 40 aviões de guerra. No mesmo dia, Moscou respondeu com o maior ataque de drones desde o início do conflito, lançando 472 artefatos contra cidades ucranianas.
Apesar da escalada, russos e ucranianos concordaram com uma nova troca de prisioneiros. O acordo prevê a libertação de capturados com até 25 anos, além de feridos, doentes e a devolução de 6 mil corpos de soldados de cada lado.
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