Até o dia 2 de agosto, a 42ª Exposição Nacional do Mangalarga Marchador reúne animais de norte a sul do Brasil em um espetáculo de marcha e beleza no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, MInas Gerais.
O tema desta edição é “Tradição se honra, legado se constrói” e convida para revisitar o passado, celebrar o presente e planejar o futuro da raça que é sinônimo de paixão, mas também de renda aos criadores do país.
De acordo com a Esalq/USP, a cadeia do mangalarga marchador movimenta R$ 11,7 bilhões ao ano, o que corresponde a 31% de toda a equideocultura nacional.
Ao todo, são mais de 1600 cavalos que participam de diversas competições, trazidos por 505 expositores de 18 estados diferentes.
“O cavalo mangalarga marchador tem uma característica muito particular, muito especial, que é a marcha, além da índole, da inteligência, rusticidade. É um cavalo que aprende muito fácil, ele é muito dócil, além do conforto que ele traz para todos os usuários porque é um cavalo muito macio, muito cômodo, então é um animal especialmente completo como cavalo de cela”, diz o coordenador do colégio de jurados da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Tiago de Resende Garcia.
O diretor de Esportes e Provas da entidade, Maurício Camera Pierrotti, acredita que é possível levar todas essas características da raça a outros países. “A gente tem muito a crescer aqui no Brasil, mas não podemos deixar de pensar no mercado internacional. Temos ações nos Estados Unidos, com um núcleo bastante ativo. É um cavalo sem fronteiras. Ele nasceu em Minas Gerais, conquistou o Brasil e o sonho é aumentar um pouco mais. O mundo é grande demais”, sintetiza.
Sanidade do mangalarga marchador
Para manter a sanidade e o bem-estar dos animais, a 42ª Exposição Nacional do Mangalarga Marchador exalta, também, a importância da sanidade animal, o que engloba desde os tratadores aos médicos veterinários.
A chefe de fiscalização do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), Rafaela Lopes Assis Luns, conta que, na medicina veterinária, a fiscalização se inicia nas propriedades. “No caso de um evento desse tamanho, cada aras tem um médico veterinário que vai, inicialmente, emitir os exames que engloba desde o transporte até os exames sanitários. E essa parte da responsabilidade técnica é o objetivo, é um dos pontos da fiscalização do conselho. A gente pode dizer que essa parte inicial da fiscalização, que às vezes não é vista aqui no momento, ela é um passo essencial do animal saudável.”
Parceria entre Canal Rural e CRMV-MG
O CRMV-MG está presente na exposição com uma unidade imóvel que oferece atendimento aos médicos veterinários e zoocnistas, mas a participação ocorre também na fiscalização dos animais neste e em outros grandes eventos. Essa atuação fundamental terá cada vez mais destaque na tela do Canal Rural com uma parceria inédita.
“Sem o médico veterinário, não se come, não é possível saborear alimentos saudáveis, consumir carne de primeira qualidade livre de doenças. Então o médico veterinário é responsável não só pela qualidade dos animais, pela clínica, pela cirurgia, principalmente nesse evento que se trata de equinos, mas também é responsável pela saúde e bem-estar do ser humano”, .