A preparação para a cúpula do Brics, marcada para os dias 6 e 7 no Rio de Janeiro, envolve um esquema especial de segurança aérea. Caças da Força Aérea Brasileira (FAB) serão equipados com mísseis, medida adotada para garantir a proteção dos chefes de Estado e demais autoridades presentes ao encontro.
O protocolo de defesa determina que qualquer aeronave sem autorização de pouso ou que entre em áreas restritas poderá ser interceptada, com a possibilidade de abate caso representem ameaça.
O comando da operação prioriza a reação rápida e a identificação de possíveis alvos longe de aglomerações urbanas, reduzindo riscos à população do centro do Rio de Janeiro.
Esquema de segurança
O Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi explicou ao portal g1 que todas as ações são pensadas para garantir tempo de reação às equipes. Segundo ele, durante essas atividades, as aeronaves já estarão no ar justamente para evitar atrasos na resposta.
O tempo de reação também é usado para tentar identificar essas aeronaves fora das áreas de aglomeração no Rio de Janeiro. A ideia, segundo Barbacovi, é que, caso seja necessário impedir o voo, a aeronave possa pousar ou até mesmo cair em uma área sem concentração de pessoas e longe do centro da cidade, que é uma das principais preocupações.
O objetivo é garantir segurança a todos os envolvidos na cúpula e à população da região.
No total, 670 profissionais foram destacados para as ações de defesa aeroespacial durante o evento. Segundo Barbacovi, a atuação da defesa aérea seguirá normalmente nas fronteiras e no litoral, com foco na proteção do espaço aéreo nacional.
No entanto, parte dos meios está sendo deslocada para uma área específica criada com o objetivo de garantir a segurança da cúpula dos Brics.
Cúpula do Brics: companhias aéreas suspendem voos no Santos Dumont


Durante a Cúpula do Brics, os voos comerciais no Aeroporto Santos Dumont serão suspensos. A medida faz parte do esquema de segurança montado pela FAB e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para proteger a movimentação de autoridades.
Todos os voos previstos para o Santos Dumont nesses dias serão realocados para o Aeroporto Internacional do Galeão, que fica na Ilha do Governador, a cerca de 20 km do centro.
Segundo a FAB, a região do Santos Dumont será considerada “Área Proibida” durante o evento. Isso significa que aviões comerciais, jatinhos, helicópteros e drones não poderão circular por ali, salvo com autorização especial dos militares.
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