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fala de Trump não afeta julgamento de Bolsonaro

As declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em defesa de Jair Bolsonaro, não geraram qualquer reação institucional do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ministros da Corte ouvidos sob anonimato por O Globo, Folha de S.Paulo e Estadão afirmaram, de forma unânime, que não pretendem responder às críticas públicas feitas por Trump. Além disso, não consideram que elas possam interferir nos processos em curso contra o ex-presidente.

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Na avaliação dos magistrados, a fala do republicano é um gesto político, com impacto restrito ao ambiente diplomático e partidário. Um dos ministros ouvidos por O Globo afirmou, inclusive, que o episódio não terá “consequência para o Supremo”. Outros quatro membros do tribunal compartilharam esse entendimento, segundo a mesma publicação.

Nesta segunda-feira, 7, Donald Trump publicou na rede Truth Social que Bolsonaro enfrenta uma “caça às bruxas” e pediu que o deixassem em paz.

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“Eu tenho assistido, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano”, disse o republicano. “Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo.”

A mensagem gerou resposta imediata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reafirmou a soberania do Brasil e declarou que “ninguém está acima da lei”.

Ministros do STF definem gesto de Trump como “abuso simbólico”

Um dos ministros definiu o gesto de Trump como “barulho” e “abuso simbólico” que pode, inclusive, “aumentar a antipatia” em relação ao ex-presidente brasileiro.

A Coluna do Estadão registrou a mesma linha de raciocínio: magistrados classificaram as declarações como “irrelevantes”. Nesse sentido, disseram que a resposta deve vir da política, não da Corte.

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Segundo O Globo, um dos ministros consultados lembrou que, diferentemente do que ocorreu com Trump, que não foi punido nos EUA depois do ataque ao Capitólio, o STF brasileiro tem atuado contra os envolvidos nos atos do 8 de janeiro.

Em suma, os ministros reforçaram que o tribunal continuará agindo com independência e não permitirá que pressões externas, ainda que venham de outros chefes de Estado, interfiram em seus julgamentos.

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