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Família transforma tradição no café em sucesso na avicultura

Por mais de seis décadas, a Família Castelini viveu do café no interior de São Paulo. Entre altos e baixos da lavoura, enfrentaram perdas, secas e oscilações de preço. Mas a vontade de permanecer no campo falou mais alto. Com coragem e união, eles apostaram na avicultura integrada, e hoje o Sítio São Francisco é um exemplo de adaptação e sucesso familiar.

Foi o produtor Anderson Castelini, de 38 anos, quem decidiu dar o novo passo. “Eu sempre gostei de desafios. Quando surgiu a oportunidade da granja, topei na hora. Queria tentar algo diferente, que nos desse estabilidade e ficasse na mão da família”, conta.

A transição exigiu planejamento. O café, que por anos foi símbolo de sustento, já não respondia bem às mudanças do clima. “O calor estava forte demais para a cultura. A gente precisava se reinventar”, lembra Anderson. Assim, os Castelini começaram a pesquisar o sistema de integração, visitar vizinhos e conversar com técnicos da Seara, até iniciarem a construção dos aviários.

Hoje, o núcleo abriga dois aviários climatizados, com capacidade para até 90 mil aves por ciclo. A estrutura é moderna e totalmente automatizada, com controle de temperatura e ventilação feito por painel e aplicativo de celular.

O sistema também conta com energia solar, que reduz custos e garante autonomia. “A automação ajudou muito. O ciclo é rápido e exige atenção total, principalmente na primeira semana dos pintinhos. Cada hora faz diferença”, explica o produtor.

Segundo Anderson, o segredo é o cuidado constante. “Nada pode ser feito de qualquer jeito. A gente observa temperatura, ração, água, tudo. Se o pintinho não ganhar peso nos primeiros dias, o lote todo sente lá na frente”, afirma.

A rotina na propriedade é dividida entre os familiares. Anderson cuida da parte técnica e da manutenção, enquanto os tios Paulo e Léo acompanham as finanças. Primos e sobrinhos ajudam no manejo e no carregamento das aves.

“Trabalhar em família exige respeito e organização. Cada um tem seu papel, e a gente sempre se ajuda. Quando um precisa, o outro cobre. Isso faz toda a diferença”, diz Anderson.

A relação de confiança também se estende aos técnicos da empresa integradora. “No começo, a gente não sabia nada de avicultura. Aprendemos com o suporte do técnico, que vinha a qualquer hora. Hoje, seguimos as orientações e fazemos tudo com segurança.”

Mais do que estabilidade financeira, a avicultura trouxe qualidade de vida. Anderson vive ao lado da esposa Cristiane e dos filhos Braia e Alice, com quem compartilha o dia a dia no campo. “Posso trabalhar e ainda estar presente com a família. Isso não tem preço”, destaca.

A rotina é puxada, mas recompensadora. “Às vezes passo a noite na granja, mas acordo feliz. É gratificante saber que o nosso trabalho alimenta centenas de famílias. Cada caminhão que saiu carregado é motivo de orgulho.”

Cristiane também participa ativamente da gestão e se emociona ao ver o resultado do esforço coletivo. “O Anderson é dedicado, aprende rápido e faz tudo com amor. A gente construiu essa história juntos, e o mais importante é que somos felizes aqui.”

Com o manejo bem ajustado e a família envolvida, o próximo passo da propriedade é ampliar a produção. “O nosso desejo é construir novos aviários. Temos gente preparada e o aprendizado necessário para crescer”, afirma Anderson.

Para ele, a avicultura é mais do que uma atividade econômica: é um projeto de vida. “Aqui a gente trabalha com alegria. O dinheiro vem como consequência, mas o que vale é fazer o que gosta e continuar no campo. A felicidade é o nosso maior lucro

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo


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