A fertilização baseada na menor pegada de carbono possível tem aberto novas portas para o café brasileiro. A Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama, estado de São Paulo, na divisa com Minas Gerais, carrega uma história que atravessa gerações.
Fundada em 1890, hoje é comandada por Diogo Dias de Macedo, quinta geração de produtores que sempre tiveram o café como paixão e sustento. “A gente está desde 1890 na região. São 135 anos na produção de café. Minha tataravó iniciou aqui na propriedade. É um legado e uma responsabilidade de manter toda essa história e preservar e continuar com essa produção de café dentro dessa região”, conta.
A fazenda Recreio fica em uma região onde há milhões de anos existiu um vulcão. O relevo, o clima e a preocupação com o meio ambiente fazem do local um exemplo de sucesso quando o assunto é qualidade com sustentabilidade. Dos 596 hectares totais da fazenda, 235 hectares são áreas de preservação e todo o manejo do cafezal, que conta com 970 mil pés, é feito seguindo critérios rígidos que visam mitigar o impacto ambiental.
“A gente trabalha tentando agredir menos possível o meio ambiente e diminuir as emissões de carbono. Usamos muito compostagem, coberturas de solo, como plantas de cobertura, e o uso do fertilizante da Yara veio agregar no que a gente busca, que é a menor emissão de carbono”, diz Macedo.
A fazenda do produtor foi uma das pioneiras no Brasil no manejo do fertilizante Yara Climate Choice, que tem redução de pegada de carbono de 90%. Diferentemente dos convencionais que utilizam fontes fósseis, ele conta com fonte renovável como matéria-prima, como o biometano.
No polo de Cubatão, em São Paulo, a empresa iniciou no último ano a produção de amônia renovável, com potencial para originar um fertilizante nitrogenado de menor pegada de carbono, como o utilizado pelo Diogo, que recebeu da Europa um primeiro lote.
O objetivo dele é seguir ampliando o volume de adoção desse insumo que começou no café, mas que já começa a alcançar outras culturas.
“Todo o nosso foco começa na prosperidade no campo, do agricultor, ele estando no centro da estratégia. Então essa nova demanda vai trazer para ele agregação de valor ao café que ele produz com práticas mais sustentáveis”, afirma o diretor de Crop Solution da Yara Brasil, Paulo Yvan.
Café da fazenda mundo afora
O café que o Diogo produz já é exportado para mercados como o japonês, o norte-americano e o europeu. Nesses mercados, mais do que a qualidade em si, na xícara, o impacto da produção no meio ambiente é levado em consideração. Por isso, a utilização de fertilizantes com menor pegada de carbono têm aberto novas portas.
Hoje a Fazenda Recreio está de portas abertas para o mundo, tanto para vender a sua produção quanto para receber visitantes que querem conhecer o modelo de produção sustentável do local.
“Quando a gente fala de manejo, de práticas sustentáveis, a gente leva em consideração as áreas de preservação, os corredores ecológicos, práticas de manejo de adubação. Nisso, entra o Yara Climate Choice com uma pegada menor de carbono. E com tudo isso, a Fazenda Recreio se torna negativa na questão de emissão de gás carbônico, uma referência”, diz o analista de Desenvolvimento de Mercado da Yara Brasil, Rafael Henrique Minelli.
A tradição do café premiadíssimo mundo afora da Fazenda Recreio se encontra com a inovação sustentável dos fertilizantes de última geração da Yara, uma combinação que preserva o meio ambiente, fortalece o mercado, abre inúmeras portas e mostra que o futuro da agricultura pode e deve ser de baixa emissão de carbono.