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Fechamento das escolas durante a pandemia aumentou o número de analfabetismo em crianças

O fechamento das escolas durante a pandemia de covid-19 resultou em aumento no número de analfabetismo em crianças. Conforme um estudo divulgado nesta quinta-feira, 16, pela Unicef, 14% das crianças de 8 anos não estavam alfabetizadas em 2019. Em 2023, esse número saltou para 30%.

“Essa disparidade sugere que as crianças que tinham entre 5 e 7 anos em 2020, e que, consequentemente, experimentaram interrupções educacionais críticas durante a pandemia, enfrentam um dano persistente em sua alfabetização”, constata o documento.

O documento observa que a disparidade é especialmente acentuada entre as crianças que tinham entre 5 e 7 anos em 2020, período de interrupção educacional por causa da pandemia | Foto: Divulgação/UnicefO documento observa que a disparidade é especialmente acentuada entre as crianças que tinham entre 5 e 7 anos em 2020, período de interrupção educacional por causa da pandemia | Foto: Divulgação/Unicef

O fechamento prolongado das escolas também contribuiu para o aumento do atraso escolar, que, entre as crianças de 9 anos, passou de 2%, em 2019, para 4,5%, em 2023.

A crise na educação é generalizada

Em 2022, ainda existiam 11,4 milhões de brasileiros analfabetos (entre crianças, adolescentes e adultos). Isso corresponde a 7% da população nessa faixa etária, número equivalente à população da cidade de São Paulo.

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O analfabetismo prevalece mais entre os idosos. Em 2022, pouco mais de 20% dos brasileiros com 65 anos ou mais eram analfabetos — uma diminuição, em relação aos quase 30% em 2010. Esse grupo constitui cerca de 40% do total de analfabetos no país. O IBGE atribui essa situação à “dívida educacional brasileira”, resultado de investimentos insuficientes em educação nas décadas anteriores.

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