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Federação Israelita critica discurso de Lula no Brics: ‘Indignação’

A Federação Israelita de São Paulo (Fisesp) criticou duramente o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do Brics, acusando-o de omitir o Hamas e de condenar Israel injustamente, além de alertar para o risco de banalização do Holocausto e o alinhamento do Brasil com regimes autoritários.

“A Federação Israelita do Estado de São Paulo manifesta profunda indignação
diante das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão
“Paz e Segurança e Reforma da Governança Global” do Brics, neste domingo, 6″, diz a nota oficial.

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A federação afirmou, no comunicado, que o presidente ignora fatos relevantes ao não citar o Hamas ou cobrar a libertação dos reféns depois dos ataques de 7 de outubro de 2023. O texto enfatiza: “Desde o massacre promovido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel vive sob ataque. Famílias foram destruídas. Mulheres foram estupradas. Crianças foram executadas. Cinquenta pessoas seguem sequestradas há mais de 630 dias em Gaza, sendo vítimas diárias de tortura física e psicológica. No entanto, para o presidente da República, esse horror parece invisível”.

A federação afirma ainda que a postura de Lula é condescendente com o Hamas. “Lula não menciona o Hamas. Não exige a libertação dos reféns. Não condena os mísseis lançados sobre civis israelenses. Mas condena Israel, a única democracia do Oriente Médio, por defender sua população.”

Discurso de Lula na cúpula do Brics banaliza o Holocausto, diz federação israelita

Durante seu discurso na abertura da primeira sessão da cúpula, no domingo 6, no Rio de Janeiro, Lula condenou as operações israelenses em Gaza e voltou a acusar Israel de cometer genocídio em Gaza. Para a federação, o uso deste termo banaliza o Holocausto e pode incentivar manifestações antissemitas.

“Ao falar em ‘genocídio’, o presidente desrespeita mais uma vez a memória das vítimas do
Holocausto e banaliza um dos crimes mais graves da história da humanidade. Sua fala não
é apenas falsa, é perigosa. Ela legitima o terrorismo, estimula o antissemitismo e isola o
Brasil no cenário internacional ao colocá-lo ao lado de regimes ditatoriais que sufocam
liberdades”, critica a Fisesp.

A nota cita o recente artigo publicado pela revista The Economist, que afirmou que Lula está cada vez mais hostil ao Ocidente. “Um país que condena ataques a instalações iranianas, ignorando o fato de que o Irã financia o Hamas e reprime brutalmente mulheres e minorias, não está promovendo a paz. Está escolhendo lados. E escolheu o lado errado”, diz a federação.

A nota também afirma que o governo brasileiro demonstra aproximação com regimes autoritários, como Irã, Rússia e Venezuela, e se afasta de democracias. “Participa de cúpulas ao lado de ditadores, mas não aperta a mão do presidente dos Estados Unidos”, conclui a Fisesp.

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