Há coisas que só o futebol é capaz de proporcionar.
O mundo esperava um passeio do Paris Saint-Germain.
Campeão da Champions League, repleto de estrelas e com o habitual ar de soberania europeia, o clube francês chegou ao Mundial como franco favorito ao título.
Mas aí entrou em campo o Botafogo de Futebol e Regatas.
Um clube que, infelizmente, muitos jovens brasileiros já não conhecem a fundo.
Um clube que carrega uma das histórias mais ricas do futebol mundial e que, com autoridade, coragem e qualidade, ontem lembrou ao planeta exatamente quem é.
A vitória por 1 a 0 sobre o PSG foi mais do que um simples resultado.
Foi símbolo.
Foi a resposta imponente de quem carrega décadas de contribuição direta ao futebol brasileiro.
Afinal, é impossível falar da história da Seleção sem falar do Botafogo.


A história do Botafogo
Ao lado do Santos de Pelé, o clube de General Severiano foi o maior fornecedor de craques para as Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil.
Garrincha, Nilton Santos, Didi, Zagallo, Amarildo e muitos outros craques — e bota muitos nisso — não foram “apenas” convocados para o escrete canarinho.
Eles decidiram Copas!
Especialmente em 1962, quando o brilho de Mané Garrincha e o momento iluminado de Amarildo praticamente carregaram a Seleção até o bicampeonato mundial.
Naquela campanha, o time brasileiro até parecia treinar em General Severiano
Décadas depois, o mesmo Botafogo volta a ser manchete internacional.


Volta a representar o Brasil no cenário global.
Volta a mostrar que o futebol brasileiro, mesmo tão subestimado nos últimos tempos, ainda pulsa.
E mais: ainda pode emocionar.
Porque, depois do que vimos ontem, será que ninguém na Europa vai querer entender como um time brasileiro derrotou o PSG?
Será que não vão querer descobrir o que é o Brasileirão?
Ora, mas é claro que sim!
A vitória do Botafogo é mais que um sopro de esperança para o futebol nacional.
É também a reafirmação de uma verdade incômoda para alguns: o futebol brasileiro tem uma dívida impagável com o Botafogo.
E, depois de ontem, essa dívida ficou ainda maior.
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