Uma operação coordenada pelas polícias civis de quatro estados levou à prisão de uma quadrilha acusada de enganar aposentados e pensionistas com falsos empréstimos consignados, movimentando aproximadamente R$ 5 milhões.
Entre os detidos está Julia Garcia Domingues, de 28 anos, filha do funkeiro Mr. Catra (1968-2018), apontada como integrante do grupo. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que a ação contou com apoio de agentes do Acre, Minas Gerais e Santa Catarina.
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Além de Julia, a polícia prendeu outras seis pessoas e cumpriu 10 mandados de busca e apreensão. O esquema teria atuação interestadual e visava principalmente idosos em situação vulnerável. A polícia deflagrou a operação na quarta-feira 9.
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Segundo a investigação, a filha de Mr. Catra permitia o uso de suas contas bancárias para o recebimento dos valores transferidos em nome das vítimas.
Procurada pela imprensa, a defesa de Júlia disse que ainda não teve acesso aos autos.
Como agia a quadrilha integrada pela filha de Mr. Catra
Os suspeitos persuadiam as vítimas a contratar novos empréstimos sob o pretexto de liquidar dívidas anteriores, prometendo condições melhores, mas ficavam com todo o valor obtido e utilizavam documentos falsificados para enganar as instituições financeiras.
As autoridades seguem investigando para apurar se há outros envolvidos e para mapear toda a extensão do prejuízo causado pela quadrilha aos beneficiários lesados.
Grupo era chefiado por “imperador do crédito”
De acordo com informações da polícia, o grupo era chefiado por um dos supeitos preso em Santa Catarina que se autointitulava como “imperador do crédito”.
“Esses estelionatários se passavam por consultores financeiros e ofereciam propostas para reduzir os juros dos empréstimos”, disse a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, titular da Delegacia de Defraudações do Rio. “As vítimas, convencidas pelos golpistas, acabavam contratando novos empréstimos. No fim, ficavam com novas dívidas, enquanto os criminosos ficavam com o valor total do segundo contrato.”
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Durante a operação, a Justiça bloqueou R$ 1 milhão do crime organizado e os policiais apreenderam diversos materiais, como aparelhos celulares e notebooks.
Os crimes investigados são:
- organização criminosa;
- falsidade ideológica;
- falsificação de documentos; e
- lavagem de dinheiro.