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Filipe Martins ‘foi mantido preso ilegalmente por mais de 6 meses’

O advogado criminalista Jeffrey Chiquini, que atua na defesa do ex-assessor da Presidência Filipe Martins no processo sobre a suposta trama golpista, afirmou nesta segunda-feira, 14, que seu cliente foi mantido preso ilegalmente por mais de seis meses, sem que houvesse indiciamento formal ou apresentação de denúncia durante esse período.

“Como advogado de Martins, afirmo com absoluta convicção: meu cliente foi mantido preso ilegalmente por mais de seis meses, sem indiciamento, sem denúncia, sob pressão e sob tortura”, escreveu Chiquini. Ele sustenta que a prisão teve por base “uma acusação tão absurda quanto falsa, uma viagem que ele jamais realizou e que ele sequer era proibido de realizar”.

Segundo o advogado, mesmo com a repercussão pública do caso, Martins permanece sob restrições severas. “O Filipe segue sob censura, sem poder se manifestar, sem poder conceder entrevistas e é proibido até de ser filmado ou fotografado.”

Chiquini acusa as autoridades de tentarem ocultar o caso da opinião pública: “Tentam esconder Martins e jogar seu caso no esquecimento porque ele se tornou o exemplo vivo de todas as ilegalidades que temos enfrentando neste momento tenebroso do nosso país.”

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O advogado cita, como parte desse cenário, a ocorrência de “perseguições políticas, prisões arbitrárias, tentativas de forçar delações falsas para implicar alvos políticos, censura e outros ataques sistemáticos às liberdades e garantias fundamentais”.

De acordo com a declaração publicada na rede social X, Martins teria sido colocado em cela solitária e submetido a pressões com o objetivo de construir uma narrativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Foi colocado numa solitária, mas não cedeu”, afirmou o advogado, ao mencionar que seu cliente “deixou claro que preferia morrer na cadeia a acusar falsamente pessoas inocentes”.

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Na parte final da nota, Chiquini questiona a permanência das restrições impostas a Martins. “Até quando meu cliente será mantido em prisão domiciliar, proibido até de existir, apenas porque a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República não sabem como esconder as ilegalidades cometidas contra ele?”, escreveu.

No processo, o ex-assessor é acusado de integrar o “núcleo operacional” da chamada trama golpista. A defesa nega todas as acusações e classifica a denúncia da Procuradoria-Geral da República como “frágil” e baseada em “suposições políticas e narrativas distorcidas”.

As oitivas das testemunhas indicadas pela defesa ocorrem nesta segunda-feira, 14. Entre os nomes estão o deputado federal Marcel van Hattem, o ex-ministro Gonçalves Dias e o delegado da Polícia Federal Fábio Shor.

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