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Flávio Dino esclarece decisão sobre tribunais

Nesta terça-feira, 19, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou um despacho complementar para esclarecer sua decisão de ontem, que limitou a eficácia de sentenças estrangeiras no Brasil.

Depois de o ato causar confusão, o juiz do STF disse que sua decisão não se aplica a órgãos supranacionais criados por tratados que o Brasil ratificou.

“Os tribunais internacionais, cujas competências são definidas em tratados incorporados ao Direito brasileiro, não se inserem no conceito de ‘tribunais estrangeiros’”, escreveu Dino. O magistrado lembrou que o país reconheceu a jurisdição obrigatória da Corte Interamericana de Direitos Humanos e, por isso, suas decisões têm força vinculante imediata no Brasil.

Na decisão anterior, Dino havia declarado que leis, ordens executivas e sentenças emitidas por outros países não produzem efeito automático em território brasileiro sem a chancela da Justiça nacional. A determinação foi vista como uma forma de blindar autoridades como Alexandre de Moraes, alvo da Lei Magnitsky. O novo despacho busca afastar críticas de que o STF estaria isolando o Brasil do sistema internacional de proteção a direitos humanos.

Decisão de Flávio Dino prejudica afetados pela tragédia de Mariana (MG)

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF – 10/01/2023 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ato de Dino atingiu diretamente as famílias da tragédia de Mariana, que buscavam indenizações mais robustas em Londres contra Vale e BHP, controladoras da Samarco.

O entendimento fecha a porta para futuras reparações internacionais, que poderiam acelerar ou ampliar o ressarcimento. Com a decisão, as vítimas do rompimento da barragem da Samarco ficam dependentes das tratativas conduzidas no Brasil, sob a supervisão do STF.

Leia também: “Um comunista no Ministério da Justiça”, reportagem publicada na Edição 145 da Revista Oeste

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