O Foro de Madri, aliança internacional de líderes conservadores da Ibero-América, criticou nesta terça-feira, 5, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em nota publicada nas redes sociais, a organização associou a medida a regimes autoritários da América Latina. “A ditadura judicial no Brasil não está mais disfarçada”.
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A frase abre o comunicado da entidade criada em 2020 pelo partido espanhol Vox, por meio da Fundação Disenso. Segundo o grupo, a ordem contra Bolsonaro representa um “abuso de poder para fins políticos”.
O texto também ressalta que o ex-presidente estaria sendo “silenciado e acusado sem provas, sem julgamento e sem condenação”. Na visão do Foro, a situação brasileira ecoa métodos usados por ditaduras como as de Cuba, Venezuela e Nicarágua.
“No estilo dos regimes castro-comunistas, do líder do Cartel de Los Soles, Nicolás Maduro, e do casamento criminoso de Ortega e Murillo”, afirma o grupo, referindo-se ao ditador nicaraguense e à sua mulher, vice-presidente do país.


Lula e Moraes não conseguem conter adesão popular a Bolsonaro
Na sequência, o Foro de Madri afirma que tanto Moraes quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificam o que classificou como “assédio”. Para a organização, os dois não conseguem conter a adesão popular a Bolsonaro.
“Eles temem Bolsonaro porque ele representa milhões que se opõem ao seu projeto totalitário”, declarou o grupo.
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O comunicado termina com críticas a líderes políticos que se dizem neutros ou independentes, mas que, segundo o Foro, continuam a apoiar Lula.
“A razão da violência deles é o medo: medo porque estão perdidos, medo porque milhões de brasileiros os enfrentam sem medo, medo porque toda a comunidade internacional já sabe como eles operam”, conclui a nota.