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França anuncia duplicação de seu orçamento militar até 2027

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou neste domingo, 13, um novo plano de ampliação orçamentária para as Forças Armadas. Segundo o chefe de Estado, o país terá “despesas adicionais de € 3,5 bilhões em 2026 e mais € 3 bilhões em 2027”.

Com os novos aportes, o orçamento de defesa da França atingirá € 64 bilhões em 2027, o dobro dos € 32,2 bilhões registrados dez anos antes. “Consagraremos, portanto, € 64 bilhões para nossa defesa em 2027, ou seja, o dobro do orçamento de que as Forças Armadas dispunham” em 2017, afirmou Macron.

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A aceleração antecipa em dois anos a meta inicialmente prevista para 2029. “Este esforço novo e histórico é proporcional, é crível, é indispensável, é exatamente o que precisamos, mas realmente o que precisamos”, declarou o presidente.

O governo francês planeja financiar esse aumento por meio de crescimento econômico e industrial, sem recorrer à dívida pública. “Nossa independência militar é indissociável de nossa independência financeira, será, portanto, financiada por mais atividade e mais produção”, argumentou Macron.

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Ele destacou que os gastos militares são também “fontes de riquezas para o nosso PIB”, uma vez que os equipamentos são adquiridos, em sua maioria, de empresas francesas. O presidente também apelou ao apoio da população: “Peço aos franceses que consintam com este esforço, um esforço pontual de todos para preservar nossa segurança e nossa independência”.

A fim de viabilizar o plano, o governo apresentará no outono europeu uma “atualização da lei de programação militar” para o período de 2024 a 2030. Macron antecipou que “recusa” a possibilidade de financiar esse “esforço novo e histórico” por meio de “endividamento” e ressaltou o momento de contenção fiscal enfrentado pelo país.

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O presidente da França, Emmanuel Macron (à esq), o presidente Lula (centro), e a primeira-dama Janja (à dir), durante cerimônia no Palácio do Planalto | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O presidente justificou o investimento com a alegação de que a vantagem militar atual da França pode desaparecer caso os aportes permaneçam nos níveis atuais, diante do cenário de tensões internacionais. “Ninguém pode permanecer imóvel”, alertou Macron. “Temos uma vantagem, mas amanhã, no mesmo ritmo, seremos superados.”

Por fim, o chefe do Executivo francês instou os parlamentares a aprovarem o orçamento de 2026 no momento em que for apresentado à Assembleia Nacional. “As censuras de fim de ano têm uma consequência simples: elas adiam o orçamento das Forças Armadas”, encerrou.

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