
O avanço de uma frente fria pelo litoral do Rio Grande do Sul, combinado ao centro de um ciclone extratropical em alto-mar e ao fluxo de ar quente e úmido vindo da Amazônia, deve trazer um domingo (16) de instabilidade intensa para parte do país. Segundo a Climatempo, esses sistemas interagem com um cavado atmosférico no oeste da Região Sul e favorecem a formação de nuvens carregadas, tempestades e rajadas fortes de vento.
A meteorologia aponta que há risco de chuva forte ao longo do dia, com acumulados que podem chegar a 100 milímetros, especialmente no Sul. As rajadas de vento também chamam atenção: podem variar entre 70 e 90 km/h, com picos acima desse limite no oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul.
O cenário ainda inclui descargas elétricas frequentes e possibilidade de granizo isolado.
Regiões mais afetadas
De acordo com a Climatempo, os maiores riscos se concentram nos três estados do Sul — Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná —, principalmente em áreas do interior e zonas de transição entre o ar quente e o ar mais frio. No Centro-Oeste, o alerta se estende ao sul de Mato Grosso do Sul.
A Climatempo enfatiza que as condições podem mudar rapidamente, com períodos curtos de tempo firme intercalados por pancadas intensas.
Evento diferente do registrado no dia 7/11
Apesar do alerta para chuva forte e ventania, a Climatempo destaca que o cenário meteorológico não é o mesmo do dia 7 de novembro, quando tornados intensos atingiram o Paraná. O ciclone atual permanece distante da costa, reduzindo a organização de bandas convectivas muito severas sobre o continente.
Assim, o potencial para tornados é menor, embora se mantenha o risco de danos estruturais, enxurradas e quedas de árvores.
Riscos e impactos esperados
Os principais transtornos previstos incluem:
- Destelhamentos e danos a estruturas frágeis
- Quedas de árvores e postes
- Alagamentos, enxurradas e transbordamentos de rios
- Interrupções no fornecimento de energia
Recomendações de segurança
A Climatempo reforça orientações práticas para minimizar riscos:
- Antes da chuva: fixe ou guarde objetos soltos e confira calhas e ralos.
- Durante as tempestades: procure abrigo seguro, evite árvores e estruturas metálicas e desligue aparelhos eletrônicos.
- No trânsito: não atravesse áreas alagadas.
- Após o evento: fique atento a rachaduras em muros e encostas e acione a Defesa Civil em caso de risco.
Mesmo com diferenças em relação ao evento severo de 7/11, os impactos podem se prolongar até segunda-feira (17), com potencial para novos alagamentos e transtornos diversos.


