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Frente fria vira o clima, traz chuva e baixa temperatura; veja previsão para a semana

A semana entre os dias 10 e 14 de março será marcada por um cenário de instabilidade em várias partes do Brasil, segundo a análise do meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller. O avanço de uma frente fria trará alívio para áreas que sofriam com calor e estiagem, principalmente no Sul e Sudeste, enquanto o Norte e Nordeste enfrentarão volumes expressivos de precipitação, aumentando o risco de alagamentos e transtornos urbanos.

Confira como ficam as condições em cada região do país.

Sul terá alívio na seca e temperaturas mais baixas

Na região Sul, a passagem da frente fria trará queda de temperatura nas madrugadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, especialmente em regiões serranas.

As máximas ficarão mais amenas no território gaúcho, ajudando a reduzir o estresse térmico das lavouras e garantindo um bom nível de umidade do solo.

A chuva será bem distribuída, com acumulados de 50 mm ao longo da semana, o que favorecerá o plantio do milho segunda safra no Paraná. No entanto, Curitiba começará a semana com risco elevado de temporais.

A chegada da frente fria também muda o padrão climático no Sudeste, aumentando a instabilidade principalmente no sul e leste de São Paulo. O interior paulista, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro começarão o dia com sol, mas o tempo mudará ao longo do período, com precipitações intensas.

As chuvas serão benéficas para o café, a cana-de-açúcar e o milho segunda safra, proporcionando recuperação da umidade do solo.

No entanto, no litoral paulista e fluminense, os volumes podem ultrapassar 100 mm na semana, gerando risco de alagamentos e transtornos urbanos.

Centro-Oeste enfrenta temporais em algumas áreas

No Centro-Oeste, Mato Grosso enfrentará temporais, especialmente na região oeste do estado, onde há risco de excesso de umidade impactando os trabalhos no campo. Cuiabá, Sinop e Água Boa terão pancadas de chuva com trovoadas, mas o calor persistirá.

Em Mato Grosso do Sul, o cenário é mais favorável: as precipitações entre 50 e 80 mm contribuirão para a recuperação da umidade, beneficiando as lavouras recém semeadas de milho.

Já no Distrito Federal e no norte de Goiás, o tempo seguirá seco e quente, sem previsão de chuvas significativas.

Nordeste terá temporais no litoral e seca no interior

A situação no Nordeste será desigual: enquanto o norte do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte enfrentará chuvas volumosas, com acumulados acima de 100 mm, o centro-oeste e noroeste da Bahia continuarão secos.

Pancadas moderadas também são esperadas entre Salvador e Recife.

Apesar da chuva no litoral, o interior da Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia ainda sofrerá com baixa umidade, exigindo irrigação suplementar.

Os volumes de precipitação no interior nordestino devem ficar abaixo de 30 mm nos próximos 15 dias, o que não será suficiente para um bom desenvolvimento das lavouras.

Norte terá chuvas intensas e risco de alagamentos

O Norte do Brasil seguirá com chuvas fortes e persistentes. O alerta vale para Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima e centro-norte do Pará, onde os acumulados podem ultrapassar 150 mm, impactando as operações agrícolas e aumentando o risco de alagamentos.

No centro-sul do Pará e no Tocantins, as precipitações devem ser mais moderadas, entre 40 e 50 mm, o que não prejudica os trabalhos no campo. Além disso, os meteorologistas já monitoram a elevação das águas do Pacífico Equatorial, um fenômeno que poderá reduzir as chuvas na região a partir de abril, resultado do chamado El Niño Costeiro.

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