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Fritura política no Corinthians? À ESPN, Fabinho abre o jogo: ‘Me sinto muito mais perto da solução do que do problema’

Fabinho Soldado, executivo de futebol do Corinthians, chegou ao clube em janeiro de 2024, sob a gestão de Augusto Melo. Quase dois anos depois, a situação política é diferente. O atual presidente é Osmar Stabile, que assumiu o cargo após impeachment do ex-mandatário. Mesmo em meio ao cenário conturbado e com pressão interna de parte de grupos políticos influentes, Soldado tem conseguido se manter no cargo e descarta uma saída. Em entrevista exclusiva à ESPN, cravou que se sente “mais perto da solução do que do problema”.

“Em nenhum momento eu cogitei sair. Tenho contrato e quero ser conhecido como um profissional que cumpre os seus contratos. Agora, como eu te disse: eu sou um profissional do futebol. A gente está escutando algumas coisas. Não sei de onde surgem, mas existem algumas conversas que a gente precisa colocar no lugar certo. Quando se fala do futebol, eu me sinto muito mais perto da solução do que do problema. Se em algum momento entenderem, e eu também, que não faço mais parte da solução e que faço parte do problema, o caminho é natural”, afirmou.

“Continuo muito entusiasmado, feliz da vida. A gente tem aqui diversas dificuldades, obstáculos que surgem e temos que saber pular eles. Um você tira de lado, outro você tem que quebrar. Mas uma coisa eu te digo: aqui no departamento de futebol e no CT, não vou negociar com nada que não seja o meu princípio e aquilo que eu tenho que fazer”, completou.

Fabinho Soldado, mesmo tendo nome ligado a Augusto Melo, foi bancado na função para 2026 por Osmar Stabile. O executivo, inclusive, já entregou o planejamento para a próxima temporada.

“A hora que atrapalhar, não é mais o momento de estar aqui. Essa é a verdade. Eu despacho diretamente com o meu presidente e todas as vezes que a gente tem alguma reunião e em que a gente fala de alguma coisa, ela acontece. Nós tivemos uma reunião de planejamento, que é normal. Acabei de apresentar o planejamento do futebol de 2026. Nós estamos em novembro, eu tenho que pensar em férias, em pré-temporada. Nós temos duas situações de pré-temporada, cenários que precisamos entender, jogadores que voltam de empréstimos, analisar o elenco com o Dorival. Estou há quase dois meses com a minha equipe pensando em 2026. Por isso eu afirmo: minha maior energia é para o esportivo. Vai ser desse esportivo nesse final de ano que vai nos dar um olhar melhor para 2026 em relação a competições e à preparação para todos os desafios que nós teremos em 2026”, revelou.

O executivo também evitou relacionar o momento político ao trabalho que tem desenvolvido. Ele pontuou que “é contratado para trabalhar para o clube” e que “a responsabilidade é com o futebol profissional do Corinthians”.

“Eu preciso deixar claro: não faço parte da política. Não só do Corinthians. Não faço parte da política de nenhum clube. Sou um profissional contratado do futebol, venho do futebol, minha origem é o futebol. Que fique muito claro isso. Estamos em mundo em que o tempo inteiro você precisa se relacionar, mas eu não tenho nada político. E não tenho nada contra. Tenho uma relação com todos os que eu tenho conhecido aqui no Corinthians, minha relação é superaberta, honesta. Dentro do que eu entendo, respeitosa.”

“Sei que existem alguns comentários e que não sei de onde surgem, para ser bem sincero. Se eu for canalizar minha energia no dia a dia do CT para responder cada inverdade que surge, eu vou deixar de doar meu tempo para aquilo que é mais importante. Claro que chega um momento como esse… preciso ter um posicionamento. Eu tenho uma relação com presidente Osmar superaberta, direta. Presidente tem me dado toda a autonomia. O bacana disso é que desses cinco meses que estamos com o presidente aqui, ele teve a condição de conhecer o trabalho. Ele está diariamente no CT, conhece os processos, conversa com as pessoas que aqui estão. Ele já viu como que a gente trabalha. A gente trabalha com processos, com metas”, continuou.

“A função do executivo no dia a dia não se contém somente a contratações. São várias áreas que precisam de feedback, atenção, crescimento. Fizemos algumas contratações importantes de profissionais de mercado para que pudessem fazer parte do Corinthians. Essa área do executivo não se fala, mas eu preciso falar. Na parte da fisioterapia nós tínhamos a aproximadamente R$ 200 mil de investimento, e hoje são quase R$ 2 milhões. Isso é um trabalho que o executivo precisa fazer com muita criatividade. E não só minha. Existe uma equipe multidisciplinar que fazer parte disso. Muita gente com muito foco no Corinthians.”

Soldado disse ver espaço para crescimento no Corinthians e valorizou o trabalho que está fazendo junto ao time.

“Por eu ter essa vivência muito grande, e são mais de 30 anos no futebol, a gente consegue administrar e entender algumas situações. O trabalho está sendo desenvolvido. Existe espaço enorme para crescer no Corinthians, mas vamos ser justos e olhar para tudo o que aconteceu em 2024, o que vem acontecendo em 2025. Uma análise profunda. Falo isso com muita responsabilidade. Não seria nosso objetivo, mas estamos fazendo campeonatos honrosos.”

“Nós conseguimos um título do Campeonato Paulista e que hoje algumas pessoas falam: ‘Mas só ganhou o Paulista’. A gente vem de uma reconstrução, ganhamos um Campeonato Paulista superdifícil, ganhamos do finalista da Libertadores, de uma equipe que tem um treinador há cinco anos, com um processo super consolidado. E nós ganhamos. Você vem de uma reconstrução, de uma remontagem de elenco, e consegue um título. Estamos em uma semifinal de Copa do Brasil. Daquilo o que eu não posso controlar, eu não gostaria de gastar meu tempo para falar sobre isso. Prefiro focar naquilo o que eu controlo, melhorar a cada dia a estrutura do clube”, finalizou.

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