O empresário canadense Chris Pavlovski, fundador da plataforma de vídeos Rumble, celebrou nesta quarta-feira, 9, o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Em uma publicação nas redes sociais, Pavlovski afirmou que se sentia como se estivesse vivendo um sonho ao ver a decisão, que classificou como uma defesa histórica da liberdade de expressão.
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“Parece um sonho ver o que o presidente Trump acabou de fazer com o Brasil”, escreveu Pavlovski. “Eu tenho lutado com unhas e dentes pela liberdade de expressão. Hoje ele defendeu a liberdade de expressão como nenhum outro presidente que eu já tenha visto — se você censurar plataformas americanas, pode acabar recebendo tarifas. O Brasil vai ter que lidar com tarifas de 50%.”
A manifestação ocorre em meio a uma série de embates entre a Rumble e autoridades brasileiras. A plataforma passou a ser alvo de decisões judiciais depois do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a remoção de perfis e conteúdos classificados como desinformação.
Em fevereiro de 2025, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Rumble bloqueasse contas de influenciadores
Em fevereiro de 2025, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Rumble bloqueasse contas de influenciadores investigados no chamado “inquérito das fake news”, como o jornalista Allan dos Santos. A empresa resistiu à ordem judicial e declarou que não pretendia cumprir determinações que, segundo seus representantes, violariam princípios de liberdade de expressão. No Brasil, o funcionamento da plataforma chegou a ser ameaçado, e integrantes do Tribunal Superior Eleitoral também cobraram providências sobre conteúdos considerados ilícitos durante o período eleitoral.
O endurecimento de medidas contra plataformas digitais motivou críticas internacionais ao Judiciário brasileiro. Trump, ao justificar o aumento de tarifas contra o Brasil, declarou que qualquer tentativa de censurar empresas norte-americanas terá resposta econômica. Para Pavlovski, a decisão representa um marco. “Se você censurar plataformas norte-americanas, pode acabar recebendo tarifas”, repetiu o executivo.
