A defesa do general da reserva Mário Fernandes, preso pela Polícia Federal (PF) na terça-feira 19 por suposta tentativa de golpe de Estado, pediu transferência para Brasília. A PF indiciou Fernandes e mais 36 pessoas. O militar está detido provisoriamente no Comando da Primeira Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.
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De acordo com as investigações, havia um plano que incluía o uso de metralhadoras, explosivos e até o envenenamento do presidente Lula, do vice do petista, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em petição enviada a Moraes, a defesa argumentou que Fernandes tem residência fixa na capital federal. O general atuou como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro.
O Exército mantém celas em quartéis do Comando Militar do Planalto, em Brasília. Caso Moraes autorize a transferência de Fernandes, ele deverá ser acomodado em uma dessas instalações, em condições semelhantes às do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
“O requerente está a cumprir prisão cautelar longe de casa, afastado de suas raízes, violando tal situação os preceitos da Lei de Execuções Penais”, diz um trecho da petição. No dia de sua prisão, a defesa de Fernandes solicitou autorização para visitas de sua mulher e seus dois filhos. O pedido ainda aguarda análise de Moraes.
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