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Gigante de peças automotivas na Alemanha vai cortar empregos

A gigante alemã de peças automotivas Continental vai cortar mais 3 mil empregos em sua divisão automotiva de pesquisa e desenvolvimento até o final de 2026, segundo reportagem da Deutsche Welle. Mais da metade das demissões ocorrerá em fábricas na Alemanha.

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O comunicado, feito no último dia 18, surge em meio a uma crise no setor automobilístico, tanto na Alemanha quanto na Europa. Grandes empresas como a Volkswagen têm feito cortes e fechado unidades.

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A multinacional revelou que a unidade de Nuremberg será fechada como parte de sua decisão de implementar os cortes. Fábricas nos Estados de Hesse e Baviera também terão forte contingenciamento.

A Continental já havia anunciado há um ano um primeiro pacote de cortes. Na ocasião, a empresa informou que 7.150 postos de trabalho seriam eliminados em sua divisão automotiva. Destas demissões, 5.4 mil ocorreram na área administrativa e 1.75 mil, no setor de pesquisa e desenvolvimento.

A razão citada pela Continental foi a crise enfrentada pela indústria automobilística na Alemanha. A empresa relatou que 80% a 90% das reduções anteriormente anunciadas já foram implementadas. As demissões, com a nova decisão, já superam os 10 mil postos de trabalho.

A subsidiária de software da Continental, a Elektrobit, também terá corte de 480 vagas. Destas, 330 serão na Alemanha, prossegue o Deutsche Welle.

A Continental tem atualmente cerca de 31 mil postos de trabalho no setor de pesquisa e desenvolvimento ao redor do mundo. Um porta-voz da empresa afirmou que o objetivo segue sendo a redução dos custos nesse setor para menos de 10% do faturamento até 2027.

Há, na empresa, segundo a reportagem, preocupação em realizar cortes de forma socialmente responsável. Isso significa que não irá substituir funcionários que se aposentam ou pedem demissão.

As novas demissões são necessárias, segundo declarou Philipp von Hirschheydt, principal executivo da Continental para a divisão automotiva, em um comunicado à imprensa. Segundo ele, apesar dos cortes anteriores, a empresa não conseguiu atingir suas metas financeiras devido às dificuldades do mercado.

“Ofertas de tecnologia voltadas para o futuro são de importância crucial para nossa empresa”, relatou von Hirschheydt.

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Ele acrescentou que a Continental continuará “investindo substancialmente em pesquisa e desenvolvimento nos próximos anos”, mesmo que procure melhorar sua “força competitiva no interesse de nosso sucesso sustentável de mercado “.

Trabalhadores criticam demissões na Alemanha

Para o representantes dos trabalhadores o anúncio é altamente prejudicial. “Estamos profundamente preocupados de que os cortes profundos em pesquisa e desenvolvimento automotivo se transformem numa reestruturação abrangente”, afirmou Michael Iglhaut, chefe do Conselho Geral Trabalhista da Continental, em nota.

Os cortes de empregos e a redução de custos a qualquer preço, para ele, não representam uma estratégia sustentável para o futuro. Iglhaut acrescentou que o “sangramento deliberado das unidades alemãs” enfraquece a divisão automotiva como um todo, que a Continental pretende tornar independente até 2025.

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