O jornalista Glenn Greenwald usou as redes sociais, nesta quinta-feira, 15, para criticar o ministro do STF Alexandre de Moraes. O jornalista norte-americano é um dos profissionais responsáveis pela reportagem que mostrou o uso do ministro, fora do rito, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e chamou Moraes de “o juiz de censura do Brasil”.
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A crítica de Greenwald tem ainda outro contexto. Como mostrou a conta oficial do Twitter/X Global Affairs, Moraes intimou, de maneira sigilosa, a plataforma para o bloqueio de usuários e para prestação de informações de perfis para a Justiça. Entre estas contas, estava a do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Diante da negativa da rede social, Moraes aumentou o valor da multa.
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“O juiz de censura do Brasil, agora objeto de nossas revelações contínuas, com base em um enorme arquivo do seu gabinete, acaba de aumentar as multas diárias contra o Twitter/X por não banir aqueles que ele ordenou que fossem banidos”, escreveu Greenwald. “Isso inclui um senador em exercício e a esposa de um ex-congressista que ele aprisionou.”
Brazil’s censorship judge — now the subject of our ongoing revelations based on a huge archive from his chambers — just increased the daily fines against X for failing to ban those he ordered banned.
It includes a sitting Senator and wife of an ex-Congressman he imprisoned. https://t.co/qxksZs4DpG
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) August 15, 2024
As ordens de Alexandre de Moraes ao Twitter/X
Na terça-feira 13, mesmo dia em que a Folha publicou a reportagem de Glenn Greenwald e Fabio Serapião, uma conta oficial do Twitter/X compartilhou um ofício de Alexandre de Moraes, em que ele determina o bloqueio de perfis. O não cumprimento acarretaria em multa de R$ 50 mil.
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Depois da desobediência, tanto da rede quanto de seu dono, o empresário Elon Musk, o ministro do STF aumentou o valor da multa. Agora, ela está fixada em até R$ 1,4 milhão por dia. O juiz ainda indicou uma possível responsabilização do Twitter/X pelo crime de desobediência.