A Receita Federal arrecadou R$ 1,2 trilhão entre janeiro e maio deste ano. O volume representa o maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1995. O órgão divulgou os dados nesta quinta-feira, 26, depois de um longo atraso causado pela greve dos servidores.
A cifra recorde confirma o impacto direto das ações promovidas pelo governo no ano passado. O Ministério da Fazenda apostou em mudanças legislativas para aumentar a receita. Entre elas, estão a taxação de fundos exclusivos e offshores, a reoneração de combustíveis e alterações na política de subvenções estaduais.
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A Receita atribui o desempenho a três fatores principais. O primeiro é o aumento da arrecadação com imposto sobre ganho de capital, decorrente da tributação dos fundos exclusivos.
O segundo é o avanço na receita de Cofins e PIS/Pasep, e o terceiro, o crescimento no recolhimento do IPI e do Imposto de Importação, impulsionado pela alta do dólar e pela elevação média das alíquotas.


As medidas fazem parte da estratégia da equipe econômica para ampliar a margem de manobra no Orçamento e evitar novos bloqueios. Atualmente, o valor necessário para impedir um congelamento maior nas despesas gira em torno de R$ 31,3 bilhões.
Sem IOF, governo perde fôlego para alcançar superávit
Apesar do avanço nas receitas, o governo sofreu um revés com a derrubada no Congresso da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras. A medida geraria R$ 10 bilhões e comporia parte relevante do plano fiscal.
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Com a revogação, cerca de um terço do espaço orçamentário previsto para alcançar o superávit de R$ 30 bilhões em 2025 desapareceu. A equipe do ministro Fernando Haddad ainda busca compensações para tentar cumprir a meta fiscal.