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Governo Lula envia carta oficial aos EUA contra aumento de tarifas

A reação do governo Lula ao aumento de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos nacionais ganhou novo capítulo nesta terça-feira, 15, com o envio de uma carta oficial às autoridades norte-americanas.

O documento, assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB-SP), e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, expressa descontentamento diante da decisão dos EUA de adotar tarifas de 50% sobre todas as exportações brasileiras, a partir de 1º de agosto.

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Na correspondência direcionada ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio, Jamieson Greer, o governo brasileiro afirmou que a medida ameaça setores econômicos relevantes nos dois países e coloca em risco uma parceria tradicionalmente sólida, construída ao longo de dois séculos de relações bilaterais.

Segundo o texto, o comércio sempre foi peça central da cooperação e do desenvolvimento mútuo entre Brasil e Estados Unidos, as maiores economias das Américas.

Governo Lula diz buscar diálogo apesar de déficits

Na carta, o governo Lula alega que, desde antes do anúncio das tarifas recíprocas em 2 de abril de 2025, tem mantido diálogo constante e de boa-fé com representantes americanos, tentando encontrar formas de melhorar o intercâmbio comercial.

O governo diz buscar diálogo “apesar de o Brasil acumular com os Estados Unidos grandes déficits comerciais tanto em bens quanto em serviços, que montam, nos últimos 15 anos, a quase US$ 410 bilhões.”

Leia também: “A conta chegou”, artigo de Silvio Navarro publicado na Edição 277 da Revista Oeste

O texto ressalta que o Brasil apresentou em 16 de maio de 2025 uma proposta confidencial que aponta possíveis áreas para buscar acordos de interesse mútuo. Até o momento, segundo a carta, não houve resposta formal por parte do governo americano à sugestão brasileira.

Por fim, o governo brasileiro reforçou a urgência do tema e reiterou o interesse em receber comentários dos Estados Unidos sobre a proposta enviada.

O documento afirma que o Brasil continua disposto ao diálogo e à negociação para encontrar uma solução equilibrada, com o objetivo de preservar a relação histórica e reduzir os efeitos negativos das novas tarifas sobre o comércio entre os dois países.

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