O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu atingir a meta nacional de alfabetização infantil em 2024. Para ter uma ideia, apenas 59% das crianças de 7 anos são consideradas alfabetizadas, segundo dados do Ministério da Educação, divulgados nesta sexta-feira, 11.
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O número ficou abaixo da meta nacional de 60% estabelecida pelo governo federal. O ministro da Educação, Camilo Santana, culpou as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul pelo mau desempenho.


“O Brasil atingiria a meta se o Rio Grande do Sul tivesse resultado similar ao de 2023”, afirmou Santana, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. “Foi atípico. As crianças passaram por um período em que não tiveram condições de ir para a sala de aula.”
Desempenho da alfabetização nos Estados
São Paulo, por sua vez, conseguiu superar a meta. O índice no Estado subiu de 51% para 58% — o objetivo era 56%.


Os números no Estado governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) refletiram na capital. A cidade de São Paulo elevou a taxa de alfabetização de 37% para 48%. A meta municipal era de 44%.
O Ceará manteve a liderança nacional, com 85% das crianças alfabetizadas. Em contrapartida, Bahia e Sergipe registraram as piores performances, com 36% e 38% respectivamente.


O analfabetismo não é o único problema do governo Lula. Para ter uma noção, mais da metade (54%) dos alunos brasileiros de 15 anos tem baixo nível de criatividade para solucionar problemas sociais e científicos.
Desempenho do Brasil na Educação
Esses números fazem o Brasil ocupar a 44ª posição em educação entre os 56 países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
De acordo com dados do Indicador de Alfabetismo Funcional, três em cada dez brasileiros na faixa de 15 a 64 anos apresentam limitações para fazer uso da leitura, da escrita e da matemática em atividades cotidianas.


Segundo Tassos Lycurgo, doutor em educação, a criança com 6 anos de idade tem de ser capaz de ler 60 palavras por minuto e fazer contas simples de matemática. Hoje, contudo, mais de 50% dos estudantes de 8 anos não têm essa capacidade.
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“Monta-se uma estrutura para fazer com que a criança não domine a linguagem”, afirmou o especialista a Oeste. “Em vez disso, aplicam o marxismo ideológico por meio de livros inadequados e apresentações impróprias.”