Depois de denúncia feita pelo jornalista de Oeste e professor da Fundação Armando Álvares Penteado, Tiago Pavinatto, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que o ministro Ricardo Lewandowski não recebeu tratamento diferenciado durante o embarque em um voo da TAP, entre Lisboa e Brasil, no domingo 7.
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Pavinatto relatou, em seu perfil no X, que passageiros da classe executiva ficaram cerca de 20 minutos “debaixo de sol a pino”. Ele disse que o ônibus com esses passageiros permaneceu parado em frente à aeronave, enquanto a companhia justificava a espera como consequência da limpeza da cabine executiva.
No exato momento da explicação, segundo o jornalista, uma van exclusiva transportou Lewandowski, a mulher do ministro, Yara de Abreu, e assessores até a porta do avião. O grupo embarcou, acomodou-se, e só depois os demais passageiros foram autorizados a subir.
NUNCA MAIS VOO DE TAP:
1. O atraso da TAP foi um atraso da companhia. O voo atrasou seu embarque em meia hora. O voo não atrasou em virtude deles (jamais afirmei isso), mas que os passageiros da executiva foram preteridos até a chegada e acomodacao deles;
2. Iniciado o embarque…— Pavinatto (@Pavinatto) July 8, 2025
Pavinatto ressaltou que não atribuiu o atraso geral do voo ao ministro. De acordo com ele, o voo atrasou o embarque por cerca de 30 minutos por responsabilidade da própria TAP. Ele afirmou, no entanto, que os demais passageiros da classe executiva foram preteridos para que o casal ministerial fosse acomodado primeiro, mesmo tendo chegado depois.
Governo nega que Lewandowski tenha recebido privilégio
Por meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública alegou que não existiu “nenhum privilégio deliberado em relação aos demais passageiros”.
O governo acrescentou que todos aguardaram a liberação do embarque depois da limpeza da classe executiva. A nota informou que o voo partiu no horário previsto e que a companhia liberou a entrada dos passageiros executivos antes da classe econômica.
Pavinatto também declarou ter visto a mulher do ministro solicitando validação tarifária para reembolso de impostos (“tax refund”) em Lisboa. Ele afirmou que acompanhou a saída do casal do aeroporto e observou assessores esperando as malas que, segundo ele, não passaram por inspeção da Polícia Federal.