Pela primeira vez desde o vazamento de 2009, o governo federal alterou os critérios de segurança para a gráfica responsável pela impressão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As mudanças incluem a redução no número de vigilantes, o fim da exigência de câmeras a cada 20 metros quadrados e a retirada da obrigação de contratar uma empresa externa para monitorar o processo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com o veículo, as mudanças constam no Termo de Referência do edital para a contratação da gráfica que imprimirá o exame de 2025.
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, nega que as alterações representem “flexibilização da segurança”. Em nota, afirmou que se trata de “uma evolução do modelo, com base em parâmetros técnicos atualizados”. O órgão também declarou que seguiu orientações do Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral da União.
Enem segue regras rígidas de segurança
Desde 2009, depois do furto das provas na gráfica Plural, em São Paulo, o exame seguia regras rígidas de segurança. Na época, um funcionário escondeu cadernos de questões na cueca e saiu sem ser identificado. O caso levou ao cancelamento do Enem dias antes da aplicação.


As regras anteriores exigiam câmeras coloridas com resolução mínima a cada 20 metros quadrados e vigilantes posicionados 24 horas por dia em áreas delimitadas. O novo termo prevê câmeras em “locais estratégicos” com alcance mínimo de 20 metros e vigilância “de forma que todas as áreas estejam vigiadas”, sem especificar a metragem.
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