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Governo trabalha para reverter tarifas ainda em julho, diz Alckmin

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo federal está empenhado em reverter as tarifas impostas pelos Estados Unidos até o final deste mês. “A ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas é procurar resolver até o dia 31”, afirmou, durante reunião com representantes da indústria nacional nesta terça-feira, 15.

O vice-presidente mencionou ainda o engajamento dos setores produtivos brasileiros com seus pares norte-americanos como parte da estratégia. “Todos eles se comprometeram a participar e trabalhar com seus congêneres”, disse. “Exportam para os Estados Unidos, têm importadores lá, ou vice-versa, importam dos Estados Unidos, cadeia integrada.”

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Ele argumentou que o impacto das tarifas seria sentido também nos Estados Unidos. “Mostrar que isso tem um prejuízo não só para o Brasil, mas também um prejuízo para a população norte-americana, porque há uma complementariedade econômica”, acrescentou.

Alckmin também apresentou dados da balança comercial para sustentar o argumento de interdependência entre os dois países. “De janeiro a junho cresceram 4,3% as nossas vendas para os Estados Unidos, mas as vendas dos Estados Unidos para o Brasil cresceram mais de 11%”, contabilizou.

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O vice-presidente destacou que setores com produtos perecíveis e mercadorias já embarcadas estão entre os mais afetados e, portanto, exigem uma resposta célere. “Temos dois fatores, um perecível e o outro que está embarcado”, ressaltou. “São duas questões que exigem aí a questão de prazo e por isso o empenho de todos nós em trabalhar.”

Na agenda de articulações previstas, Alckmin informou que haverá reuniões com entidades empresariais e representantes de diversos setores. “Amanhã vamos nos reunir com a Amcham, a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, e vamos ouvir ainda outros setores que pediram para participar”, disse.

Ele citou a presença futura de representantes da indústria química, da Organização Brasileira das Cooperativas, da Confederação Nacional da Agricultura, da Confederação Nacional do Comércio, de empresas de software, da John Deere, do Sindaçúcar e de centrais sindicais como a Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores e União Geral dos Trabalhadores.

O vice-presidente também mencionou contatos com autoridades diplomáticas norte-americanas. “O Gabriel Escobar, que é o encarregado da embaixada norte-americana, já o recebi, não agora, mas anteriormente”, citou. “E temos mantido um contato importante com o secretário Howard Lutnick e com o embaixador Greer”, membros do Escritório do Representante Comercial dos EUA.

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