O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve se reunir com o governo dos Estados Unidos na próxima semana para conversar sobre a atual situação política do Brasil. O encontro ocorre em meio à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A interlocução entre o filho do ex-presidente brasileiro e do jornalista Paulo Figueiredo com representantes da campanha republicana sugere que os EUA acompanham com preocupação os desdobramentos políticos no Brasil. Durante a conversa, a ser realizada em Washington, os assessores de Trump devem pedir detalhes sobre a situação jurídica de Bolsonaro e sobre os processos que envolvem seus aliados. A percepção dos norte-americanos é de que o Judiciário brasileiro extrapola suas funções constitucionais, agindo com motivação política para neutralizar a oposição.
Eduardo Bolsonaro apresentará ao governo norte-americano um panorama que incluiu a escalada de censura promovida pelo STF, a criminalização de parlamentares conservadores e as recentes sanções da Lei Magnitsky impostas pelos EUA contra autoridades brasileiras — entre as quais o próprio Alexandre de Moraes.
O núcleo republicano acredita que o Brasil esteja atravessando um processo de erosão institucional, disfarçada sob o discurso de “defesa da democracia”. O gesto do governo Trump, ao ouvir um opositor direto do governo petista, mostra o provável alinhamento de Washington com a direita brasileira nas eleições de 2026.


Além disso, a convocação de Eduardo para o encontro reforça a percepção de que a crise brasileira ultrapassou as fronteiras nacionais. A judicialização da política, a perseguição seletiva de opositores e a parcialidade no Supremo viraram temas de relevância internacional, especialmente para o governo norte-americano.