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Grupo de quilombolas transforma fibra da banana em arte e garante renda extra

No Vale do Ribeira, interior de São Paulo, grupo de quilombolas encontrara na fibra da banana uma nova fonte de renda. 

Batizado de Mucafre, em homenagem à ancestralidade do grupo, eles decidiram buscar apoio do Sebrae/SP para viabilizar um curso especializado na produção de fibras e confecção de peças artesanais.

“A gente queria gerar uma segunda fonte de renda para as mulheres, sem deixar de valorizar nossa cultura”, conta Natália Cabral Januário, produtora rural e artesã.

E não é que deu certo?

O grupo Mucafre ganhou um curso!

“O Sebrae-SP, por meio da parceria com o Senar, atendeu a comunidade com o curso de cinco dias e 40 horas de duração. Além de preparar a fibra da bananeira, os alunos aprenderam a confeccionar jogos americanos, suportes para pratos, caixas e outros objetos de decoração”, explica Carlos Alberto Pereira Junior, analista de negócios do Sebrae/SP, reforçando a importância da sustentabilidade no trabalho artesanal. 

“O uso de fibras naturais envolve práticas que respeitam o meio ambiente e também contribui para valorizar os saberes tradicionais, fortalecendo a identidade cultural das comunidades”, afirmou o analista de negócios do Sebrae/SP.

O  que antes era descartado agora virou matéria-prima para confeccionar objetos decorativos, por meio de técnica de reaproveitamento do tronco da bananeira.

“Aprendemos todo o processo, desde descascar o tronco, fazer a secagem, até o tratamento químico que prepara a fibra para virar artesanato”, explica a artesã.

Atualmente, o grupo Mucafre aceita encomendas de cestos e tapeçarias. Os preços variam de R$30 a R$70, dependendo da peça.

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Grupo Mucafre aceita encomendas de cestos e tapeçarias. Foto: Arquivo Pessoal

“Por enquanto, vendemos mais nas feiras e por encomenda. Mas já estamos planejando criar uma loja virtual e começar a vender pelas redes sociais”, afirma Natália. 

A iniciativa alia geração de renda, preservação ambiental e valorização da cultura quilombola. A expectativa é que o projeto inspire outras comunidades da região.

 “A gente quer mostrar que é possível empreender, gerar renda e, ao mesmo tempo, preservar nossa cultura e o meio ambiente”, finaliza Natália Cabral Januário, produtora rural e agora, artesã.

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