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Guia da AmeriCup 2025: favoritos, principais estrelas e as expectativas do Brasil

A principal competição de seleções das Américas vai começar nesta sexta-feira (22), com o duelo entre Panamá e Porto Rico, a partir das 16h10 (horário de Brasília). O Brasil tem um dos elencos mais fortes de toda a competição e vai tentar retomar o título, que não vem para terras tupiniquins desde 2009.

Ainda assim, não será fácil. Mesmo sem muitos nomes conhecidos do grande público, outras potências continentais também têm bons argumentos para dividirem o favoritismo com a seleção comandada por Alexandr Petrovic. Por isso, o ESPN.com.br explica para você as principais forças e os desafios brasileiros nas próximas semanas na Nicarágua, no ginásio Polidesportivo Alexis Arguello.

A competição terá transmissão da ESPN e do Disney+.

Formato

As 12 seleções foram divididas em três grupos com quatro integrantes cada. As equipes irão se enfrentar em turno único dentro do próprio grupo. Ao final das três rodadas, as duas melhores colocadas em cada chave, além das duas melhores terceiras colocadas irão para as quartas-de-final.

Nesta fase, as oito remanescentes serão ranqueadas de acordo com a campanha na fase de grupos para definir os confrontos (1×8, 2×7, 3×6 e 4×5). As quartas, semis, disputa do terceiro lugar e a grande final serão disputadas em jogo único. A decisão está marcada para o dia 31 de agosto.

A AmeriCup não dá vagas para os Jogos Olímpicos de 2028 e nem para o Campeonato Mundial de 2027, que terá um sistema próprio de eliminatórias. Porém, tem um peso relevante no ranking da Federação Internacional de Basquete (FIBA), que determina os sorteios para tais campeonatos. Atualmente o Brasil é o 12° do ranking, e pode facilmente voltar ao top 10 caso tenha um bom desempenho.

Elenco brasileiro

  • Armadores: Yago Mateus (Estrela Vermelha – Sérvia), Alexey Borges (Flamengo) e Caio Pacheco (Coruña – Espanha);

  • Alas: Georginho de Paula (SESI Franca), Vitor Benite (Sevilla – Espanha), Reynan (Pinheiros) e Gui Deodato (Flamengo);

  • Pivôs: Nathan Mariano (sem clube), Mãozinha (Manisa – Turquia), Lucas Dias (SESI Franca), Bruno Caboclo (Hapoel Tel Aviv – Israel) e Ruan (Flamengo).

Dos 12 convocados pelo croata Alexandr Petrovic, seis estiveram na campanha do Pré-Olímpico e dos Jogos Olímpicos de 2024. As ausências mais notadas são as de Raul Neto e Léo Meindl, lesionados, Mathias Alessanco, que teve problemas com o visto, além de Gui Santos, Didi e Márcio, que pediram dispensa.

Ainda assim, o escrete verde e amarelo mantém suas principais características, com destaque para o forte jogo de dupla de Yago e Caboclo, que assumirão de vez o protagonismo da seleção após a aposentadoria de Marcelinho Huertas, além de bons nomes do perímetro, como Benite, Georginho e Lucas Dias. Reynan e Nathan Mariano, ambos com 21 anos, ganham uma boa opotunidade de competir com o time adulto em uma competição principal, já pensando na construção do ciclo olímpico de 2032, em Brisbane, na Austrália.

Além disso, o vice-campeonato da AmeriCup de 2022 no Recife, perdendo a final para a Argentina, ainda incomoda e gera uma motivação extra para recuperar o posto de campeão da América.

Grupos

  • Grupo A: Brasil, Bahamas, Uruguai e EUA;

  • Grupo B: Canadá, Panamá, Porto Rico e Venezuela

  • Grupo C: Argentina, Colômbia, República Dominicana e Nicarágua

Principais nomes e favoritos por grupo

Grupo A

Começando pela chave do Brasil, é impossível não ficar minimamente apreensivo quando vemos a seleção dos Estados Unidos no grupo A. Mas os norte-americanos em nada se parecem com o time dos sonhos de LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant que venceu o Brasil nas quartas-de-final em Paris 2024. O elenco presente na Nicarágua, além de não conter nenhum jogador da NBA, não é nem o melhor possível de americanos jogando no resto do mundo. Ainda assim, é um time experiente, com muitos atletas na casa dos 30 anos, experiência internacinal e o tradicional jogo físico estadunidense. Os destaques são Langston Galloway, Javonte Smart e Jerian Grant, com passagens pela NBA, além dos pivôs Jack Cooley e Tyler Cavanaugh, com carreira na Europa. É a grande potência ao lado do Brasil, embora esteja alguns degraus abaixo de Yago, Caboclo e companhia.

Outra seleção que poderia ser um grande problema, mas não terá suas principais estrelas é Bahamas. Sem Ayton, Hield, Kai Jones, entre outros, estarão apoiados nos armadores Bridgewater e Franco Miller, muito perigosos nas jogadas individuais, além do pivô Isaiah Mobley, irmão de Evan Mobley, do Cleveland Cavaliers.

Já o Uruguai não costuma ter bons resultados contra o Brasil, apesar de armar elencos competentes. Mais uma vez o armador Bruno Fitipaldo, de longa carreira na Espanha, chega como o principal nome da seleção, além do também armador Nano Parodi, com passagens por SESI Franca e Corinthians no NBB.

Grupo B

Assim como os EUA, o Canadá também está longe de ter força máxima. O MVP da NBA Shai Gilgeous-Alexander, além de Dillon Brooks, Luguentz Dort, Kelly Olynyk, entre outros, não estarão na AmeriCup. Mas os canadenses são os únicos a terem dois atletas da NBA no elenco: Kyshawn George, do Washington Wizards, e Leonard Miller, do Minnesota Timberwolves, o que já é o suficiente para colocar a seleção entre as principais da competição. Além deles, olho no pivô Kabengele e no armador Bell-Haynes, principais nomes do time nas eliminatórias, além do ala-pivô Kyle Wiltjer, de curta passagem pelo Houston Rockets em 2017.

Mas talvez a grande força do grupo não esteja na América do Norte, e sim no Caribe. Porto Rico (que embora seja território dos EUA possui seleção própria) chega na Nicarágua com uma seleção fortíssima. O grande nome é Jose Alvarado, ala do New Orleans Pelicans, um dos grandes defensores da NBA e líder técnico dos porto-riquenhos. Mas não só: Conditt IV, Cintron, Clavell e Romero são jogadores de renome no ‘mundo FIBA’ e já lideraram elencos que venceram o Brasil em algumas oportunidades, por exemplo. É um time equilibrado, com bons valores defensivos e muita qualidade no ataque.

Já a seleção do Panamá não conta com a mesma força de outrora. Em momento de transição, não possui uma safra tão boa quanto a da última década, embora ainda tenha o ala Trevor Gaskins, ex-Unifacisa, como um dos grandes nomes em quadra.

Situação semelhante à da Venezuela. Boa parte do histórico elenco comandado por Nestor ‘Che’ Garcia não veste mais a camisa grená, apesar dos remanescentes David Cubillan (ex-Flamengo e Unifacisa), Windi Graterol (ex-Brasília) e da ‘sensação’, apesar de já ter 29 anos, Yohanner Sifontes (ex-Botafogo e recém-contratado pela Unifacisa). Como sempre devem ter um bom time, mas não sem fazer frente a Canadá e Porto Rico. Caso avance de fase, dificilmente conseguirá ameaçar as potências dos outros grupos.

Grupo C

Atual campeã da AmeriCup, a Argentina teve anos para esquecer nesta década. Fora dos Jogos Olímpicos e até do Campeonato Mundial, os hermanos tentarão manter o título continental sem levar força máxima para a Nicarágua. Afinal, nomes como Campazzo, Laprovittola, Deck e Delía não estão entre os 12 escolhidos por Pablo Prigioni. Ainda há qualidade na seleção albiceleste, é verdade, com destaque para os ala Brussino, Negrete (recém-contratado pelo Flamengo) e o armador Jose Vildoza (ex-Flamengo). Mas a falta de bons pivôs, problema crônico desde a aposentadoria de Scola, além de poucos jogadores experimentados no mais alto nível internacional podem prejudicar as pretensões argentinas.

Por isso, o destaque do grupo é a República Domincana. O quarteto formado por Gelvis Solano (ex-Paulistano), Victor Liz, Andres Feliz e Eloy Vargas é perigosíssimo a nível continental. Mas não apenas eles. Jean Montero e Angel Delgado fizeram bonito nas qualificatórias, enquanto David Jones Garcia, de 24 anos, tem pedido passagem no quinteto titular nos últimos anos e conquistou um contrato two-way com o San Antonio Spurs na NBA. Equipe física, de defesa fortíssima, tem grandes chances de liderar o grupo mesmo sem a presença de Karl-Anthony Towns, dos Timberwolves, e Al Horford, sem equipe na NBA.

A Colômbia chega na AmeriCup com a principal geração de sua história. Se por um lado o plantel capitaneado por Romario Roque e Michael Jackson colocou a seleção no mapa, por outro ainda é pouco para fazer o país sonhar em fazer frente aos principais times do continente. Uma classificação às quartas-de-final já seria motivo de muita comemoração.

Por fim, a Nicarágua tende a ser o grande saco de pancadas de toda a competição. Sem nomes de relevância no cenário continental, perdeu todas as partidas das qualificatórias e conta apenas com o fator casa para tentar tirar alguma vitória improvável ao longo da campanha, que deve durar apenas os três jogos da primeira fase.

Tabela do Brasil

  • Brasil x Uruguai – sábado (23) – 16h10

  • Brasil x Bahamas – domingo (24) – 18h40

  • Brasil x EUA – terça-feira (26) – 22h10

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