O nome já diz tudo: Uefa Champions League. Se um torneio reúne os principais campeões da Europa, como não ficar ansioso por uma nova edição que está prestes a sair do forno?
A partir desta terça-feira (16), 36 equipes começam a disputa pelo título mais cobiçado do continente, talvez até do mundo. São tantas camisas, craques e destaques que, é claro, a ESPN não ficaria fora dessa.
(Conteúdo oferecido por Novibet, Claro, Ford e C6 Bank)
Abaixo, o ESPN.com.br preparou um guia especial sobre o maior torneio de clubes do planeta. Apontamos os favoritos ao título, quem corre por fora na disputa e quais clubes são as novidades.
Também dissecamos todos os brasileiros inscritos, quais são os jogos imperdíveis já marcados e o dinheiro que está em jogo em cada passo da campanha. E, também, o palpite dos comentaristas da ESPN sobre a competição.
Favoritos ao título
A lista aqui poderia ser imensa, diante de tanta tradição. Mas decidimos reduzir o grupo para cinco principais candidatos. Quem são eles?
O atual campeão é presença obrigatória e para abrir a lista. Meses depois de enfim atingir o objetivo de seus bilionários donos, o PSG entra forte na briga pelo bicampeonato. A base é praticamente a mesma, com exceção da troca no gol (Gianluigi Donnarumma dá lugar a Lucas Chevalier) e de uma nova opção na zaga (Ilya Zabarnyi, ucraniano que estava no Bournemouth). Os destaques da temporada passada (Nuno Mendes, Hakimi, Vitinha, Dembélé, Kvaratskhelia e Doué) seguem sob comando de Luis Enrique e terão a missão de quebrar uma sina: não há um bicampeão desde o Real Madrid, tri entre 2016 e 2018.
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Time-base: Chevalier; Hakimi, Marquinhos, Zabarnyi e Nuno Mendes; João Neves, Vitinha e Fabián Ruiz; Doué, Dembélé e Kvaratskhelia.
Se o PSG manteve a base e adicionou poucos reforços, o Liverpool decidiu por um caminho mais agressivo. O campeão inglês simplesmente abriu os cofres e torrou quase 500 milhões de euros em novas contratações. Assim, adicionou ao elenco de Arne Slot nomes como o meia Florian Wirtz, os atacantes Alexander Isak e Hugo Ekitiké e os laterais Frimpong e Kerkez. De saídas relevantes, aparecem Trent Alexander-Arnold, Darwin Núñez e Luis Díaz, além, é claro, da trágica perda de Diogo Jota. Tudo isso faz do principal time da Premier League um imenso candidato a dominar o continente também.
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Time-base: Alisson; Frimpong, Konaté, Van Dijk e Kerkez; Gravenberch, Szoboszlai e Wirtz; Salah, Isak e Ekitiké.
O Barcelona de Hansi Flick foi, para muitos, o dono do futebol mais vistoso da temporada passada. Não à toa, ganhou todos os títulos locais e chegou à semifinal da Champions, em batalha decidida nos detalhes contra a Inter de Milão. Para este ano, o clube catalão atuou de leve no mercado, com as chegadas do goleiro Joan García e do atacante Marcus Rashford. O principal, porém, continua no Camp Nou: Lamine Yamal, agora camisa 10, segue mais intocável do que nunca ao lado de Raphinha e Robert Lewandowski, comandantes do ataque que marcou 174 gols em 2024/25. Se repetir o mesmo nível, vai brigar forte pela “Orelhuda”.
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Time-base: García; Koundé, Cubarsí, Christensen e Balde; De Jong, Pedri e Dani Olmo; Lamine Yamal, Lewandowski e Raphinha.
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É impossível ignorar um clube tão tradicional no continente como o Bayern de Munique, independentemente da fase que esteja. Por sorte dos bávaros, o momento é bastante positivo. Sob a liderança de Vincent Kompany, o gigante recuperou o título da Bundesliga e já garantiu o primeiro caneco do ano, a Supercopa da Alemanha. O time conta com os gols intermináveis de Harry Kane e ainda uma novidade no ataque: o colombiano Luis Díaz, que custou 70 milhões de euros e adiciona ainda mais poder de fogo em uma das camisas mais vencedoras e pesadas da Europa.
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Time-base: Neuer; Laimer, Upamecano, Tah e Stanisic; Kimmich e Goretzka; Olise, Gnabry e Luis Díaz; Harry Kane.
Quem fecha a lista dos favoritos é justamente o rei da Liga dos Campeões. Dono de nada menos que 15 títulos do maior torneio da Europa, o Real Madrid vai para uma temporada de transformação. Carlo Ancelotti, responsável por ganhar os últimos dois canecos, agora é técnico da seleção brasileira e deu lugar a Xabi Alonso, volante que ajudou o clube a ganhar a Europa em 2013/14. Com ele, chegaram reforços como Alexander-Arnold, Dean Huijsen, Álvaro Carreras e Franco Mastantuono, apostas para mudar a cara de uma equipe que viveu uma temporada frustrante ano passado, mas que tem capacidade e elenco para dar a volta por cima. Quem duvida do 16º troféu?
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Time-base: Courtois; Alexander-Arnold, Militão, Huijsen e Carreras; Tchouaméni e Valverde; Mastantuono, Bellingham e Vinicius Jr.; Mbappé.
Correm por fora
Abaixo dos favoritos, sempre há o grupo que também almeja o título, embora não entre na disputa com a mesma força de outros. Aqui, todos eles vêm do mesmo país:
Três vezes consecutivas vice-campeão da Premier League, o Arsenal tem dado passos a cada ano para se intrometer na elite europeia. Foi assim na temporada passada, quando eliminou o Real Madrid e vendeu caro a vaga na final para o PSG. Se investimento era o que faltava para buscar o primeiro caneco europeu, a diretoria foi às compras: por quase 300 milhões de euros, buscou nomes como o meio-campista Martín Zubimende, os pontas Eberechi Eze e Noni Madueke, o zagueiro Piero Hincapié e a grande cereja do bolo, Viktor Gyokeres, centroavante que todos no Emirates Stadium sabiam que faltava. Cabe a Mikel Arteta fazer funcionar.
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Time-base: Raya; White, Saliba, Gabriel Magalhães e Calafiori; Zubimendi, Rice e Odegaard; Saka, Gyokeres e Eze.
O grande campeão do Mundial de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos, investiu pesado para entrar firme em mais uma temporada. Foram pouco mais de 328 milhões de euros gastos em reforços, 100% bancados pelas vendas, que atingiram 332 milhões de euros. Enzo Maresca conta com jovens como Estêvão, João Pedro, Liam Delap e Alejandro Garnacho, todos capazes de turbinar um ataque que já contava com Cole Palmer e Pedro Neto. O Chelsea é um time muito jovem, com grande capacidade física e dono de um teto que muitos ainda não sabem qual é. A Champions League pode ser o palco para esse elenco mostrar a capacidade que tem.
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Time-base: Sánchez; Reece James, Chalobah, Adarabioyo e Cucurella; Caicedo e Enzo Fernández; Estêvão, Palmer e Pedro Neto; João Pedro.
É a maior incógnita entre os oito candidatos ao título europeu. Dominante em praticamente toda a era Pep Guardiola, o Manchester City passou por uma temporada difícil, sem grandes títulos e muitas derrotas pesadas. A aposta é na reformulação: a direção optou pela saída de grandes ícones, como Ederson, Ilkay Gundogan, Jack Grealish e sobretudo Kevin de Bruyne, para dar espaço a novidades como Gianluigi Donnarumma, Rayan Ait-Nouri, Tijjani Reijnders e Rayan Cherki. Talvez não seja suficiente para almejar a Europa, mas quem tem Rodri e Erling Haaland não pode nunca ser descartado.
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Time-base: Donnarumma; Lewis, Stones, Gvardiol e Ait-Nouri; Rodri, Reijnders e Foden; Bobb, Haaland e Marmoush.
As novidades
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Entre tantas potências dentro da Champions League, três equipes se destacam justamente pelo contrário: a inexperiência em palcos tão grandes da Europa.
A começar pelo Pafos, equipe do Chipre e que vai para sua primeira Liga dos Campeões em toda a história. Fundado em junho de 2014, o clube passou pelo tradicional Estrela Vermelha no último playoff e conseguiu se garantir na etapa seguinte, onde vai encarar, entre outros, Juventus e Chelsea. Em campo, destaque é David Luiz, zagueiro brasileiro que trocou o Fortaleza pela chance de competir novamente na Europa.
Outra novidade que também tem jogadores brasileiros é o Kairat Almaty, bem mais antigo que o Pafos, mas que nunca chegou tão longe na Champions. Em 71 anos, o time do Cazaquistão foi eliminado na primeira eliminatória em 2005, na segunda em 2021 e agora tem a oportunidade ir mais adiante. O sorteio, porém, não foi agradável, com Real Madrid, Arsenal e Inter de Milão pelo caminho.
Da Bélgica, aparece mais uma “surpresa” da atual edição: o Union Saint-Gilloise, campeão nacional pela 12ª vez na temporada passada. Depois de ganhar o primeiro título em 90 anos, o clube promete se aventurar na Europa, embora o caminho não seja nada agradável. Inter de Milão, Bayern, Newcastle, Atlético de Madrid e Galatasaray são alguns dos oponentes que devem prejudicar o sonho de algo a mais.
O calendário
Pelo segundo ano consecutivo, a Champions League será disputada no formato de liga, e não mais na antes tradicional fase de grupos.
Cada equipe fará oito jogos, contra adversários já sorteados pela Uefa, e lutarão para avançar à fase final. Os oito primeiros colocados vão direto às oitavas de final, enquanto as equipes que ficaram do 9º ou 24º lugares duelarão em um playoff adicional.
O calendário da Uefa é o seguinte:
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Rodada 1: 16–18 de setembro de 2025
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Rodada 2: 30 de setembro e 1º de outubro de 2025
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Rodada 3: 21/22 de outubro de 2025
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Rodada 4: 4/5 de novembro de 2025
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Rodada 5: 25/26 de novembro de 2025
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Rodada 6: 9/10 de dezembro de 2025
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Rodada 7: 20/21 de janeiro de 2026
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Rodada 8: 28 de janeiro de 2026
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Play-off: 17/18 e 24/25 de fevereiro de 2026
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Oitavas de final: 10/11 e 17/18 de março de 2026
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Quartas de final: 7/8 e 14/15 de abril de 2026
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Semifinais: 28/29 de abril e 5/6 de maio de 2026
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Final: 30 de maio de 2026 (Budapeste)
Jogos imperdíveis
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O formato sem fase de grupos e com mais jogos naturalmente garante confrontos pesados logo de cada. A atual temporada não podia ser diferente. No sorteio realizado pela Uefa, vários gigantes terão que se enfrentar muito mais cedo do que se imaginava.
O Real Madrid, por exemplo, caiu com duas potências: irá à Inglaterra encarar o Liverpool e receberá o Manchester City, em confrontos que se tornaram comuns nos últimos anos. Real e Liverpool fizeram as finais em 2018 e 2022, enquanto o time de Pep Guardiola caiu no caminho merengue pela quinta temporada consecutiva.
Quem também vai encarar dois gigantes é o PSG, sorteado para visitar o Barcelona na Catalunha e receber o Bayern de Munique em Paris. Espanhóis e alemães terão outra pedreira em comum: o Chelsea, que visita os alemães, mas encara o Barça em Londres. A capital inglesa ainda será sede de mais um confronto de peso: Arsenal x Bayern.
Os brasileiros
Roberto Carlos, Kaká, Ronaldinho Gaúcho. Casemiro, Marcelo, Neymar. Thiago Silva, Marquinhos, Vinicius Jr. Os brasileiros fizeram, fazem e farão parte da Champions League. A atual edição mantém essa tendência.
Ao todo, são 50 “brazucas” espalhados por 29 clubes da fase de liga. Apenas sete equipes não inscreveram nenhum talento verde e amarelo no torneio: Athletic Bilbao, Atlético de Madrid, Bayern de Munique, Benfica, Bodo/Glimt, Club Brugge e Slavia Praga.
Naturalmente o destaque são para os nomes consolidados: o trio do Real Madrid (Militão, Rodrygo e Vinicius Jr.), a dupla de zaga do PSG (Marquinhos e Beraldo), outros selecionáveis espalhados (o goleiro Alisson, o volante Bruno Guimarães e os atacantes Savinho, Richarlison e Raphinha). Mas há também surpresas.
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O Pafos, do Chipre, é o integrante com mais brasileiros: quatro, entre eles David Luiz. Qarabag, Kairat Almaty e Union Saint-Gilloise também possuem seus representantes. Veja a lista completa abaixo:
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Alisson (goleiro, Liverpool)
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Alisson Santos (atacante, Sporting)
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Anderson (atacante, Pafos)
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Andrey Santos (volante, Chelsea)
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Arthur (lateral-direito, Bayer Leverkusen)
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Beraldo (zagueiro, PSG)
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Bremer (zagueiro, Juventus)
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Bruno (atacante, Pafos)
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Bruno Guimarães (volante, Newcastle)
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Bruno Ramos (zagueiro, Sporting)
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Caio Henrique (lateral-esquerdo, Monaco)
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Carlos Augusto (lateral-esquerdo, Inter de Milão)
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Dani Bolt (lateral-direito, Qarabag)
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David Luiz (zagueiro, Pafos)
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David Neres (atacante, Napoli)
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Éder Militão (zagueiro, Real Madrid)
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Éderson (volante, Atalanta)
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Edmilson (atacante, Kairat Almaty)
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Estêvão (atacante, Chelsea)
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Gabriel Magalhães (zagueiro, Arsenal)
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Gabriel Pereira (zagueiro, Copenhagen)
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Gabriel Sara (meia, Galatasaray)
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Guilherme Smith (atacante, Union Saint-Gilloise)
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Igor Paixão (atacante, Olympique de Marselha)
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Jajá (atacante, Pafos)
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João Pedro (atacante, Chelsea)
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Joelinton (volante, Newcastle)
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Juan Jesus (zagueiro, Napoli)
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Kady (atacante, Qarabag)
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Kauã Santos (goleiro, Eintracht Frankfurt)
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Lucas Rosa (zagueiro, Ajax)
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Luis Henrique (atacante, Inter de Milão)
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Luiz Júnior (goleiro, Villarreal)
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Marquinhos (zagueiro, PSG)
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Martinelli (atacante, Arsenal)
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Matheus Reis (lateral-esquerdo, Sporting)
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Matheus Silva (lateral-direito, Qarabag)
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Mauro Júnior (zagueiro, PSV)
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Pedro Bicalho (meia, Qarabag)
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Raphinha (atacante, Barcelona)
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Rayan Lucas (meia, Sporting)
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Ricardinho (atacante, Kairat Almaty)
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Richarlison (atacante, Tottenham)
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Robert (meia, Copenhagen)
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Rodrygo (atacante, Real Madrid)
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Rodinei (lateral-direito, Olympiacos)
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Savinho (atacante, Manchester City)
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Vanderson (lateral-direito, Monaco)
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Vinícius Jr. (atacante, Real Madrid)
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Yan Couto (lateral-direito, Borussia Dortmund)
Os reencontros
Se a lei do ex é daquelas implacáveis, há várias possibilidades na fase de liga. Entre os reencontros mais impactantes, um deles acontecerá logo na rodada de abertura.
O Manchester City recebe o Napoli na próxima quinta-feira (18) e vai encarar aquele que lhe deu tantas alegrias: Kevin de Bruyne. Meses depois deixar o Etihad Stadium com uma festa emocionante, o belga, que foi craque do clube por uma década, será adversário e tentará parar Pep Guardiola, Erling Haaland e outros companheiros.
A poucos quilômetros dali, em Anfield, haverá outra recepção, mas que promete ser mais tensa. Alexander-Arnold pisará de novo na casa do Liverpool, agora vestido com a camisa do Real Madrid. O lateral saiu muito criticado pela torcida, por não ter aceitado uma proposta de renovação e ser seduzido pelos merengues, o que deve render vaias ao jogador.
Mais reencontros estão programados: David Luiz, hoje no Pafos, voltará a Stamford Bridge para enfrentar o Chelsea, por quem conquistou a Champions League em 2012; Luis Enrique enfrentará o Barcelona, equipe que defendeu como jogador e técnico no passado; e a dupla Ilkay Gundogan e Leroy Sané, atualmente no Galatasaray, jogará contra o City na última rodada.
Premiação pesada
A Uefa tem a tradição de oferecer altas quantias em dinheiro para os clubes que disputam a Liga dos Campeões. Para este ano, os valores tiveram um leve reajuste, o que aumenta a motivação.
Só a presença na atual fase garante 18,62 milhões de euros, equivalente a R$ 118 milhões. Cada vitória nesta etapa de classificação vale 2,1 milhões de euros (R$ 13,3 milhões), enquanto empates rendem 700 mil euros (R$ 4,4 milhões).
A partir daí, a premiação só aumenta a cada fase superada pelas equipes até chegar ao cobiçado título, que na temporada 2025/26 valerá 25 milhões de euros (R$ 158,73 milhões).
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Vaga na fase de liga: 18,62 milhões de euros
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Vitória na fase de liga: 2,1 milhões de euros
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Empate na fase de liga: 700 mil euros
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Playoffs: 1 milhão de euros
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Oitavas de final: 11 milhões de euros
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Quartas de final: 12,5 milhões de euros
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Semifinais: 15 milhões de euros
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Vice: 18,5 milhões de euros
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Campeão: 25 milhões de euros