Foram mais de 80 dias de espera! Onze semanas depois, a Premier League está de volta para uma nova e eletrizante temporada, com abertura nesta sexta-feira (15), a partir das 16h (de Brasília), para o duelo entre Liverpool e Bournemouth no primeiro de 380 jogos com transmissão ao vivo do Disney+.
Desde o final da última temporada, muita coisa mudou: clubes se reforçaram, novas equipes voltaram à elite. E para o fã do esporte ficar ligado nas principais informações da nova edição do Campeonato Inglês, o ESPN.com.br preparou a nova edição do guia completo da Premier League, com dados, informações e opiniões sobre os 20 clubes que estão na elite do país.
(Conteúdo patrocinado por Novibet, Claro, Ford e C6Bank)
Para o Guia 2025/26, escalamos o comentarista Mário Marra e lançamos o desafio: montar um Power Ranking do campeonato, que nada mais é do que apontar quem chega mais forte para a disputa e por quê. Aqui, antes das cornetas soarem alto, é bom ressaltar: não se trata de uma previsão de como será a classificação final, mas sim uma projeção do que esperar de cada equipe pelo trabalho realizado recentemente.
Para tornar a análise mais precisa, elencamos quatro categorias:
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ELENCO – qualidade do plantel que cada equipe tem à disposição
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TÉCNICO – capacidade do treinador escolhido para estar à frente do projeto
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MERCADO – desempenho dos clubes na janela de transferência, entre chegadas e saídas
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CAMPANHAS – rendimento dos times em anos recentes na competição
Cada uma dessas categorias vale de 1 a 5 estrelas. Ou seja, os clubes podem ter de 4 a 20 pontos ao todo nessa projeção feita pelo nosso time. A partir disso, tentamos chegar a algumas respostas que certamente passam pela cabeça do fã da Premier League.
O atual campeão Liverpool conseguirá se sobressair novamente? O Manchester City retomará os tempos de glória? O Arsenal dará o salto que se espera há tantos anos? E que times correm por fora na lista de surpresas? Essas e outras respostas nós tentamos responder na nova edição do Guia da Premier League, que você curte abaixo:
O elenco dos Gunners parece cada vez mais maduro. Sem nenhuma grande perda, mas com cada vez mais opções, o grupo passa a ter uma ‘estrela’ para chamar de sua em Viktor Gyokeres.
Mikel Arteta já deixou de ser uma aposta e é a certeza de um dos melhores técnicos da liga. Porém, ainda falta o carimbo de uma conquista de peso para tirar a sua imagem de ‘quase’ vencedor.
Se as lesões atrapalharam o time na última temporada, a diretoria tentou resolver esse problema dando mais opções à comissão técnica. A chegada de Martín Zubimendi chama a atenção, mas a principal foi Viktor Gyokeres, artilheiro do Sporting que chega para sanar o problema do comando do ataque e ser o artilheiro que o time precisava.
O time consegue se manter sempre na disputa pelo título, mas precisa escapar da ‘sina’ de ficar no quase. Já são três vice-campeonatos em sequência para Arteta e cia.
Raya; Timber, Saliba, Gabriel Magalhães e Lewis-Skelly; Rice, Zubimendi e Odegaard; Saka, Gyokeres e Martinelli.
Arsenal se mexeu bem, precisava de um jogador mais de área. Alguém pode até falar no Havertz, mas primeiro que ele sofreu uma lesão, segundo que ele foi entrando, mas essa não era a posição dele. Se for voltar no tempo, no Bayer Leverkusen, ele jogava de 9, mas ele ficava atrás do 9. Deu bons resultados, mas o Gyokeres é diferente. Estamos falando de um jogador pronto para fazer gol. Ele pode ser o jogador a tomar a artilharia do Haaland? O Salah tomou na temporada passada e ainda teve o Isak. Mas, como figura de 9, ele pode. Não é um jogador que tem a Inglaterra como novidade, mas a Premier League, sim.
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O que era bom ficou ainda melhor. O número de opções do Liverpool cresceu depois de uma janela de transferências agressiva. Ainda assim, a defesa requer cuidado, com o time necessitando de mais opções para o miolo de zaga.
Se alguém tinha alguma dúvida de que Arne Slot era o nome ideal para substituir Jürgen Klopp, em menos de uma temporada as questões foram sanadas. O holandês terá, agora, um time ainda mais qualificado à disposição.
Depois de uma janela modesta na chegada de Slot, a diretoria investiu pesado após o título. Apesar de perder Arnold, a chegada de Frimpong é uma reposição à altura. O setor ofensivo também ganha bons nomes com Ekitiké e, principalmente, Wirtz. Mais um atacante e um zagueiro seriam as cerejas do bolo para um mercado cinco estrelas.
O atual campeão fez campanha de se invejar na última temporada, nadando de braçadas na liderança do começo ao fim, sem sequer correr risco de deixar a primeira colocação.
Alisson; Frimpong, Konaté, Van Dijk e Kerkez; Gravenberch, Szoboszlai e Wirtz; Salah, Ekitiké e Gakpo.
Liverpool se mexeu bem nas compras, de forma incrível, inclusive, porque na temporada passada gastou muito pouco só com o Chiesa e com o Mamardashvili, que veio agora. As mexidas no ataque são muito fortes, mas ainda não dá para saber o que vai ser o ataque. É preciso destacar, o Liverpool teve uma tragédia: a morte do Diogo Jota. É difícil imaginar como vai ser o ataque do Liverpool. Para mim, está muito claro, o Wirtz joga. Essa é um jogador caríssimo. Ainda há a possibilidade de se contratar o Isak. É certo que o Salah não sai da direita, ele fica por ali. Saída do Luís Díaz? O Gakpo joga pela esquerda. O Wirtz pode ser um 10 jogando atrás do 9 ou pode ser um falso 9, mantendo o meio-campo com Szoboszlai, MacAllister e Gravenberch. Mas a sinalização de que o Liverpool parou de contratar não existe, pode ser que o Liverpool fique ainda mais forte para a temporada.
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Uma renovação mais forte é vista em Manchester para essa temporada. Além de Kevin De Bruyne, outros nomes devem se despedir, como já aconteceu com Jack Grealish, enquanto outros jogadores de peso se juntam ao grupo.
Pep Guardiola dispensa apresentações. Um dos técnicos mais vitoriosos da história do futebol, terá a missão de se reinventar na nova temporada, agora com um antigo rival ao seu lado. Ex-auxiliar de Klopp, Pep Ljinders se junta à comissão técnica do City e promete trazer mais do estilo de jogo ‘heavy metal’ para o time.
Depois das decepções da última temporada, a equipe foi ao mercado para buscar reforços. Reijnders e Ait-Nouri chegam para assumir a titularidade, enquanto Cherki é uma opção que promete estar frequentemente dentro de campo.
O tetracampeonato fazia os Citizens parecerem imbatíveis sob o comando de Guardiola. A última temporada, porém, foi traumática, com o time chegando a ficar mais de um mês sem vencer. Na reta final, conseguiram se recuperar e buscar uma vaga na Champions League.
Ederson; Matheus Nunes, Rúben Dias, Gvardiol e Ait-Nouri; Rodri, Reijnders e Cherki; Bernardo Silva, Haaland e Marmoush.
O Manchester City, para mim, tem a temporada mais intrigante antes de começar. Porque não são os reforços ou as mudanças, é o Pep Guardiola insatisfeito com um elenco muito grande, ele não quer um grupo de 31 jogadores, já declarou que não quer ficar com alguns. Mas não pela ausência de Kevin de Bruyne, mas porque a grande contratação foi Pep Ljinders. Guardiola vai trabalhar com o auxiliar do Klopp. Se buscarmos na memória, ainda antes de pegar o Bournemouth na última Premier League, Guardiola disse que a era do jogo posicional estava com os dias contados, que o jogo do futuro é o que o Liverpool fazia. E qual é a contratação? O cara que trabalhava com Klopp. Pode ser que a gente veja um Guardiola completamente diferente, pode ser que ele queira entrar de cabeça em um jogo diferente do que ele pregou nos últimos 15 anos.
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O talento do grupo dos Blues é inegável – tanto que o time foi campeão do mundo mesmo sofrendo com desfalques em algumas partidas. Resta saber o quanto a imaturidade pela média de idade baixa irá influenciar.
Enzo Maresca chegou na última temporada como uma aposta e em pouco tempo se firmou como uma certeza. O trabalho na temporada de estreia na Premier League lhe credencia para fazer o clube voltar a sonhar grande.
Mais uma vez, a equipe londrina foi ao mercado e investiu alto em jovens revelações, com destaques para os brasileiros João Pedro e Estêvão. Outro ponto favorável da janela foi a forma como o time se desfez de nomes que já não tinham espaço no elenco, como Madueke, Kepa e João Félix.
Depois de anos inconsistentes no meio da tabela, o Chelsea teve uma temporada tranquila em 2024/25, assegurando uma vaga na Champions League sem maiores problemas.
Sánchez; Reece James, Adarabioyo, Hato e Cucurella; Caicedo, Enzo Fernández e Cole Palmer; Pedro Neto, João Pedro e Jamie Gittens.
O que esperar do Chelsea? Campeão do mundo, mas antes da hora, não está pronto ainda. É um time de média de idade muito baixa e vai continuar assim. Se olharmos para os brasileiros, tem a contratação de João Pedro, a efetivação de Andrey e ainda a chegada de Estêvão. Tem coisas muito positivas para acontecer com os brasileiros do Chelsea, eles vão ganhando espaço e a confiança de um time que já tem o carimbo de ser campeão de Conference e do Mundial. Mas é difícil dizer que vai ser campeão da Premier League, o time passa por irregularidades. Nas últimas temporadas, foi assim. Talvez, o nome disso seja imaturidade, é um time muito jovem. Mas é um time muito bom.
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A diretoria foi ao mercado, se ‘livrou’ de alguns nomes que vinham tendo uma queda clara de rendimento, mas ainda vê o elenco curto em alguns setores, como a defesa, com opções escassas de zagueiros, principalmente. O atacante, com Mbeumo, Sesko e Matheus Cunha, está mais que fortalecido.
Depois de uma primeira temporada incompleta e para lá de turbulenta, Ruben Amorim terá em suas mãos um time mais com a sua cara, mas ainda precisa saber lidar com a falta de peças em alguns setores para ter seu estilo de jogo.
Amorim pediu um time com a sua cara, e a diretoria foi ao mercado em busca de reforços. Mbeumo e Matheus Cunha dão ao treinador características que ele pedia. Benjamin Sesko, o novo centroavante, aumenta o poder de fogo.
Acostumado a ocupar as primeiras posições historicamente, o United vem caindo pelas tabelas ano após ano. Na última temporada, terminou em uma amarga 15ª colocação, sem se classificar para nenhum torneio europeu.
Onana; Yoro, De Ligt e Lisandro Martínez; Diallo, Casemiro (Ugarte), Bruno Fernandes e Dorgu; Mbeumo, Sesko e Matheus Cunha.
Se você voltar no tempo vai lembrar que a temporada passada começou com Erik ten Hag, que saiu e veio Ruben Amorim. O Amorim tem um jeito de jogar, ele é preso no esquema com três zagueiros, com velocidade e troca de posição do meio para frente. E ele entende que o elenco que ele tinha na temporada passada não batia com o jeito de ele pensar e jogar futebol. Chegou a dizer que aquele era o pior United da história. Agora, Mbeumo, principalmente, e Matheus Cunha, os dois juntos podem trazer o que o United precisa, com Bruno Fernandes. A tendência é vermos um United mais forte, melhor, mais equilibrado, mais com a cara do treinador. Acho que esse ano ele vai reclamar menos e conseguir extrair mais do elenco que ele tem.
O elenco dos Spurs nunca foi ruim em termos de opções. A perda de um astro como Son é impactante, mas a diretoria fez bom trabalho no mercado para manter o treinador com boas armas.
Thomas Frank mostrou capacidade de tirar grande competitividade de um elenco escasso como o do Brentford. Agora no Tottenham, ele terá a missão de mostrar que tem a capacidade de levar grandes clubes à glória – e sem o peso de ter que tirar o clube do norte de Londres da fila.
A diretoria fez uma janela de transferências interessante, com as chegadas de Kudus, Palhinha e Danso, além da manutenção de Tel. O ponto negativo é a saída de Heung-Min Son, mas o clube tenta repor com o brasileiro Savinho, do Manchester City.
Por um período longo, o Tottenham se acostumou a brigar pelas primeiras posições. Os últimos anos, porém, foram mais ingratos, com a Champions League não sendo tão frequente. A temporada 2024/25, porém, beirou o colapso, com o time terminando em 17º. Sorte que o título da Europa League compensou a Premier League ruim.
Vicario; Porro, Romero, Van de Ven e Udogie; Sarr, Palhinha e Bergvall; Kudus, Solanke (Richarlison) e Odobert.
Trabalho de Thomas Frank começando. Depois de tanto tempo no Brentford, ele é o técnico do Tottenham. Eu não esperava a saída do Son dessa forma e não tenho a menor garantia de que o Richarlison vai assumir e ser o grande protagonista, justamente porque está começando um novo trabalho. Ele tem a possibilidade de largar na frente. Pelo que a gente tem visto, o Kudus é um jogador que vai brigar por espaço, é diferente do Richarlison, é mais de beirada do campo para dentro, mas entrou no lugar do Son, inclusive. É uma temporada para o Richarlison tentar reocupar o espaço que foi dele. Muito boa contratação do João Palhinha.
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O nível do elenco não se modificou desde a última temporada – o que não necessariamente é algo positivo, visto que não houve o salto de qualidade que se espera de um clube que possui uma forte capacidade de investimento. Apesar disso, conseguiu manter (até agora) seus principais pilares.
Eddie Howe deixou de ser uma aposta e se tornou uma certeza de um bom treinador. Seu time consegue manter um padrão de qualidade com o passar dos anos e a disputa pelas primeiras posições passou a ser uma constante.
O time perdeu Callum Wilson e ainda não contratou um atacante para a sua reposição. Ao mesmo tempo, investiu nas chegadas de Anthony Elanga, boa aposta, e Aaron Ramsdale, mais um goleiro reserva. A grande jogada é ainda conseguir ter Alexander Isak.
A lógica de um time que se acostumou com o meio da tabela já não existe mais. O Newcastle brigou, mais uma vez, por vaga nas competições europeias e, pela segunda vez em três anos, conquistou a vaga para a Champions League na última temporada.
Ramsdale; Livramento, Schar, Burn e Hall; Bruno Guimarães, Tonali e Joelinton; Gordon, Elanga e Isak.
Isak ficar seria maravilhoso para o Newcastle, mas como ele vai ficar. Ele já não quis ir para as excursões. Ele se apresenta depois que o Newcastle volta da pré-temporada e já deixou claro que quer sair, que quer ir para o Liverpool. É óbvio que isso é uma situação que pode ser mudada com um bom bate-papo, um novo contrato, algo assim. Bruno Guimarães é um líder, um capitão, (a permanência dos dois) é bom reforço. Mas o Newcastle precisa aspirar algo maior, por isso tem tentado contratar jogadores de ataque caso perca Isak e por já ter perdido Callum Wilson. Está precisando dar o salto, vamos ver se consegue nessa temporada. Elanga é muito boa contratação.
O elenco não sofreu grandes modificações em comparação ao que conquistou a última Copa da Inglaterra. O grande trunfo são as manutenções de Marc Guéhi na defesa e Eberechi Eze no ataque.
Oliver Glasner já tinha chegado na Inglaterra com uma Europa League para enriquecer seu currículo. No Palace, levou o time ao título da Copa da Inglaterra, feito jamais alcançado, para se posicionar entre um dos principais comandantes da liga.
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MERCADO –
O mercado do Palace foi muito modesto, com as únicas incorporações sendo o goleiro Walter Benítez e o lateral-esquerdo Borna Sosa. Os principais reforços foram as permanências de Guéhi e Eze.
A equipe se acostumou a ser um time de meio de tabela, sem correr risco de queda, mas também sem ter grandes aspirações – fato que virou piada dentro da própria torcida após a conquista da FA Cup.
Henderson; Richards, Lacroix e Guéhi; Muñoz, Wharton, Kamada e Mitchell; Sarr, Eze e Mateta.
O Palace é um time muito bem treinado, mas é um elenco curto. Talvez a emoção de conquistar dois títulos praticamente seguidos possa mexer muito com a confiança interna. Mas é um time que eu acredito que pode fazer campanha boa para ficar entre os 10 primeiros.
O grande trunfo do Aston Villa na janela foi conseguir manter seus principais nomes dentro do elenco. Martínez, Rogers e Watkins foram nomes visados na janela, mas o clube conseguiu mantê-los em meio às limitações financeiras.
Unai Emery se acostumou a elevar times de médio porte a disputar as primeiras posições. Nessa temporada, sem grandes reforços, o comandante terá um desafio ainda maior para impedir que o Villa atinja um teto de desempenho.
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MERCADO –
Depois de janelas ativas nas últimas temporadas, o time de Birmingham sofre com questões financeiras antes da nova temporada se iniciar. Após a saída de alguns destaques que chegaram por empréstimo no último ano, como Rashford e Asensio, não foram feitas reposições.
O Villa tem se acostumado a brigar pelas primeiras posições na classificação. Na última temporada, depois de um início inconstante, chegou a sonhar com vaga na Champions League, mas tropeços na reta final atrapalharam as aspirações.
Emi Martínez; Cash, Konsa, Pau Torres e Maatsen; McGinn, Kamara, Morgan Rogers, Tielemans e Bailey; Watkins.
É um momento de hiato no Aston Villa. Primeiro, vale explicar, o Aston Villa está no limite do que pode gastar. Não só pela regulamentação dos gastos, das dívidas e dos lucros da Premier League, mas também na Europa. Por isso, o clube tem sido muito tímido em contratações. Manter Watkins e Dibu Martínez é muito importante e são jogadores que devem ficar. Mas, para dar o salto, precisa mais. É um bom time, a permanência do Morgan Rogers é muito importante, mas, sem contratações, será que consegue? Talvez não consiga dar o salto que precisa.
1:51
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O time do Wolverhampton tem boas opções, mas a falta de lastro gera um teto que precisará ser superado na busca por voos maiores, principalmente pelas perdas de dois dos principais pilares das últimas temporadas.
Contestado no Brasil pela forma que saiu de Corinthians e Flamengo, Vítor Pereira cumpriu com êxito sua missão de salvar os Wolves do rebaixamento na última temporada. Agora, tendo uma pré-temporada completa, o treinador português terá a chance de dar ainda mais a sua cara para o time.
A diretoria investiu pela manutenção de Strand Larsen e ainda fez a boa aposta em Jhon Arias, destaque do Fluminense. Ao mesmo tempo, porém, o elenco se despediu de nomes importantes como Ait-Nouri e Matheus Cunha.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
Depois de subir como sensação da Premier League, os Wolves passaram a sofrer nos últimos anos, lutando contra o rebaixamento durante a maior parte da temporada 2024/25.
José Sá; Doherty, Adbadou e Toti; Hoever, André, João Gomes e Moller Wolfe; Fer López, Jhon Arias e Larsen.
Time que tem muitos brasileiros e tem a chegada de Arias, que chega bem. Mas vale lembrar que perdeu muito com Ait-Nouri e Matheus Cunha, dois jogadores que respondiam muito pelo poder ofensivo dos Lobos. Vítor Pereira tem mais um tempo de trabalho. Eu não tenho expectativa muito alta, mas acho que o Arias vai ajudar muito.
Se antes o time tinha em sua defesa algumas de suas principais estrelas, o setor foi ‘esvaziado’ para a nova temporada. No ataque, porém, os principais nomes se mantém, como Evanílson e Sinisterra.
A grande força do time segue sendo o técnico Andoni Iraola. Grande revelação das últimas duas temporadas, o espanhol faz o torcedor sonhar com voos mais altos, incluindo uma vaga em um torneio europeu.
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MERCADO –
O sucesso para um time de menor porte tem um preço. Os grandes clubes da Europa foram até o Bournemouth e contrataram alguns dos principais nomes, como o zagueiro Dean Huijsen (Real Madrid) e o lateral Milos Kerkez (Liverpool). Além disso, os dois goleiros principais (Kepa e Neto) deixaram o time, com o sérvio Petrovic chegando do Chelsea para assumir a posição.
Os Cherries foram uma das gratas surpresas da última temporada. Com algumas vitórias surpreendentes contra times do chamado Big Six, o time ficou na 9ª colocação, chegando a flertar com uma vaga em competições europeias.
Petrovic; Smith, Diakité, Senesi e Truffert; Cook, Scott, Tavernier, Kluivert e Semenyo; Evanilson.
Time tem crescido ano após ano, fez a melhor campanha histórica na Premier League na temporada passada. Iraola é muito bom técnico, mas perdeu quase toda a defesa e ainda pode perder mais. Foram vendidos diversos jogadores. Trouxe um goleiro, o Petrovic, o Truffert é muito bom lateral-esquerdo, mas é um primeiro ano de adaptação. Existe uma dúvida, mas o treinador é muito bom. Dá para confiar no Bournemouth.
Com nomes como Branthwaite, Ndiaye e Alcaraz como jovens talentos, o elenco do Everton vem em uma crescente desde a reta final do último ano. O clube segue no mercado, já que o número baixo de opções chama a atenção negativamente nesse início de temporada.
Depois de quase 12 anos, David Moyes voltou ao comando do Everton em janeiro, conseguindo uma campanha de recuperação na metade final da Premier League. Mais experiente, o escocês não deu o salto que se esperava, mas conseguiu se recuperar de trabalhos desastrosos graças a sua passagem de sucesso pelo West Ham.
A janela de transferências dos Toffees melhorou nos últimos dias – e ainda pode melhorar mais. Os reforços são o centroavante Thierno Barry, lateral Adam Aznou e o meia Dewsbury-Hall, além do atacante Jack Grealish, ex-City. Rumores de Dibling esquentam a janela. Doucouré, Ashley Young e Calvert-Lewin, por sua vez, se despediram do elenco.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
As temporadas recentes foram desastrosas para os Toffees, incluindo anos com dedução de pontos por conta do fair play financeiro. Na última edição, porém, o time conseguiu terminar em 13º, sua melhor posição em quatro anos.
Pickford; O’Brien, Tarkowski, Branthwaite e Mykolenko; McNeil, Gueye, Dewsbury-Hall e Grealish; Ndiaye e Beto.
Enfim, o Everton entra em uma temporada sem a gente falar em risco de rebaixamento, pelo menos no início. Tem uma mudança de ambiente, um lindo estádio que vai ser pela primeira vez palco de Premier League. Jogadores muito bons, de qualidade, como o Ndiaye, que para mim vai ter uma temporada fantástica. Contratação muito boa do Dewsbury-Hall. E o time pode mudar de patamar a partir da chegada de Grealish, consagrado no City, mas em busca do espaço que perdeu. O grande segredo é que parece que o Everton vai pegar um caminho de Everton, não a contra-mão dos últimos anos.
A equipe se reforçou para o novo ano com nomes que trazem boas opções ao treinador. Além disso, Evangelos Marinakis conseguiu manter Gibbs-White no elenco, apesar da forte procura do Tottenham para sua contratação.
Nuno Espírito Santo chega para mais uma temporada na Premier League consolidado como um treinador prestigiado na liga, capaz de montar times competitivos mesmo sem grandes estrelas.
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MERCADO –
A diretoria fez apostas interessantes no mercado, principalmente com a dupla vinda do Botafogo: o zagueiro Jair e o atacante Igor Jesus. Ao mesmo tempo, porém, perdeu Anthony Elanga, um dos pilares do time no último ano.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
Depois de lutar contra o rebaixamento por dois anos seguidos, o Forest foi uma das grandes sensações da última temporada, lutando por vaga na Champions League durante todo o ano. Na reta final, porém, perdeu fôlego, terminando apenas na sétima posição.
Sels; Aina, Milenkovic, Murillo e Neco Williams; Anderson, Domínguez, Ndoye, Gibbs-White e Hudson-Odoi; Chris Wood.
Nuno Espírito Santo é bom treinador, tem um jeito de jogar. Se colocar para atacar feito um louco, não vai conseguir, apesar de já ter feito isso no Valencia. No Forest, vem bem, na reta final perdeu um pouco da força, mas era esperado. Perdeu Elanga, isso pode fazer alguma diferença, trouxe bons jogadores, especialmente os do Botafogo, em um elenco de luta, bem competitivo. Acho que pode ser interessante. A ver como Igor Jesus vai disputar posição com o Chris Wood no ataque.
Como bom time que se firmou no meio de tabela, o Fulham possui bons nomes para formar o seu time titular, mas poucas opções como elenco forte, que consiga dar segurança em momentos de calendário mais recheado.
Desde 2021 no comando do Fulham, Marco Silva apresenta cada vez mais maturidade em sua tomada de decisões, com campanhas seguras em todas as suas quatro temporadas à frente da equipe. Ao mesmo tempo, porém, ainda não deu um salto que se esperava em outros momentos.
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MERCADO –
A diretoria fez uma janela de transferências discreta. Somente o goleiro Lecomte chega como reforço, enquanto alguns reservas deixam o grupo para enxugar o elenco, como Carlos Vinícius e Willian.
Depois de passar alguns anos sofrendo para permanecer na elite, o Fulham se firmou na elite como uma equipe de meio de tabela que consegue roubar pontos de alguns times grandes.
Leno; Tete, Andersen, Bassey e Robinson; Sander Berge, Lukic, Adama Traoré, Smith Rowe e Iwobi; Raúl Jiménez.
Vem crescendo a cada ano, muito preocupante o mercado, ainda tem tempo para se reforçar, mas é bastante preocupante. Porque o clube fez muito pouco, contratou muito pouco. Para manutenção, é esperado mais, para crescer é esperado mais ainda. Só que o técnico é bom e, nos últimos anos, tem sido bons, talvez dê para confiar. Mas é preocupante.
O elenco do West Ham possui alguns nomes que já não inspiram tanta confiança como em outros tempos, como são os casos de Bowen e Ward-Prowse. Depois de um ano abaixo do seu habitual, espera-se que a absolvição de Lucas Paquetá faça com que ele recupere seu bom futebol.
Depois de ter uma passagem de destaque no Brighton, Graham Potter teve um longo período sem trabalhar pelo fracasso no Chelsea. No West Ham, chegou na metade final da temporada e ainda não conseguiu levar ao time o bom futebol que se viu em anos anteriores.
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MERCADO –
A equipe londrina foi ao mercado na janela e aproveitou boas oportunidades para se reforçar, como o centoavante Callum Wilson e o lateral Kyle Walker-Peters. Ao mesmo tempo, porém, perdeu Kudus, que se mudou para o Tottenham.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
A sequência de temporadas dos Hammers parecia apontar para uma crescente. Nos últimos três anos, porém, a realidade voltou a ser a parte de baixo da tabela, com o time encerrando o último campeonato em 14º.
Hermansen; Wan-Bissaka, Todibo, Kilman, Aguerd e Diouf; Ward-Prowse, Edson Álvarez e Paquetá; Bowen e Fullkrug.
Perdeu o Kudus, reposição não é a altura. Para mim, um ano muito difícil, porque vai perdendo lideranças, também. Vinham jogando pouco, mas lideranças. Antonio, artilheiro do time em Premier League, teve o acidente automobilístico, se recuperou, mas saiu. E o Cresswell, outra liderança de muitos anos. Eles já não jogavam há algum tempo, mas eram importantes no vestiário. Walker-Peters é muito bom jogador, vinha já em queda no Southampton, mas bom. E Callum Wilson já vinha sofrendo com contusões. Tomara que Bowen e Paquetá consigam fazer a dupla que fizeram por algum tempo e que o brasileiro esteja com a cabeça boa após a questão das apostas.
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ELENCO –
O elenco do Brighton não perdeu em profundidade, mas as apostas para reposição das saídas das estrelas ainda são incógnitas. A referência técnica segue sendo o japonês Kaoru Mitoma.
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TÉCNICO –
Fabian Hürzeler demonstrou na última temporada que tem um futuro interessante pela frente, mas ainda precisa de um amadurecimento em sua carreira.
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MERCADO –
O time sofreu perdas importantes, como os centroavantes João Pedro e Evan Ferguson, além do ponta Adingra e do lateral Estupiñan. Como de costume, fez apostas para tentar repor as perdas, sendo a mais conhecida o ponta Tom Watson, destaque do Sunderland na campanha pelo acesso da última temporada.
Tem conseguido fazer boas campanhas, se mantendo entre os 10 primeiros e chegando até a disputar Europa League. Na última temporada teve bom começo, mas faltou fôlego na segunda metade.
Verbruggen; Veltman, Van Hecke, Dunk e De Cuyper; Ayari, Baleba e Rutter; Mitoma, Welbeck e Minteh.
Fabian Hurzeler é bom treinador, vai para a segunda temporada a frente do Brighton, pode mostrar mais, é muito jovem, está vivendo isso. O Brighton é bem diferente do normal, busca jogadores muito jovens, fora do mercado tradicional para ir lapidando, ganhando muito dinheiro em cima disso e ainda tendo chance de disputar competições internacionais. É um trabalho modelo.
Apesar das saídas de dois pilares da última temporada, o Sunderland conseguiu manter um elenco com muitas opções, além de alguns novos pilares para seu treinador.
Depois de mais de dez anos trabalhando no Lorient, o francês Régis Le Bris se juntou ao Sunderland na última temporada e conquistou aquilo que era o sonho do torcedor há muitos anos: o retorno à elite. Seu trabalho é tão bem avaliado que o contrato foi renovado até junho de 2027.
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MERCADO –
O Sunderland faz um dos mercados mais interessantes do início de temporada, trazendo nomes experientes como Granit Xhaka e apostando e jovens talentos como Simon Adingra. Ao mesmo tempo, porém, o time perdeu nomes de peso como Jobe Bellingham e Tom Watson.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
Fora da elite nas últimas oito temporadas, o time precisará se reacostumar com a Premier League. Em seu último ano, foi rebaixado na lanterna da competição.
Patterson; Hume, Ballard, O’Nien e Reinildo; Neil, Diarra e Xhaka; Adingra, Mayenda e Talbi.
Muitas mudanças administrativas, renovação de contrato do Régis Le Bris, isso é bom para o time, para o clube, para a história. Mas sem Tom Watson e sem o Jobe Bellingham, que foram importantes para o time voltar à primeira divisão. A forma como aquela região do país respira futebol é apaixonante, mas talvez não seja suficiente. É ano para lutar para permanecer na primeira divisão. Muito boa contratação do Xhaka, um líder que vem para ajudar.
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ELENCO –
O problema do elenco do Burnley é o desequilíbrio. O número de opções no ataque é bem maior do que em outros setores. Ainda há a tendência de que alguns jogadores deixem o clube até o fim da janela de transferências para enxugar o grupo.
O jovem treinador Scott Parker estreou como profissional em fevereiro de 2019 e, em pouco tempo, já conquistou três acessos por três clubes diferentes na Inglaterra. Sua missão, agora, é conseguir se manter na elite.
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MERCADO –
A equipe perdeu seu goleiro titular, mas conseguiu confirmar a manutenção de Marcus Edwards. A grande aposta da janela foi a chegada do veterano lateral Kyle Walker, além da dupla do Chelsea Broja e Ugochukwu, do lateral Tuanzebe, formado pelo Manchester United, e o ponta Jacob Bruun Larsen.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
Vice-campeão na última edição da segunda divisão, o Burnley quer evitar se tornar uma equipe ‘ioiô’, caindo toda vez que conquista o acesso, assim como ocorreu em 2023/24.
Dubravka; Walker, Estève, Ekdal e Hartman; Ugochukwu, Cullen, Marcus Edwards, Mejbri e Anthony; Broja.
Vale destacar a contratação do Walker, capitão, jogador de mais de 100 jogos pela seleção, e jovens jogadores como o Westley, menino que pode fazer muito gol, pode ser importante na temporada, mas não tem experiência em um primeiro nível. No mais, perdeu jogadores importantes, como o Trafford. É um ano para tentar se manter na primeira divisão.
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ELENCO –
O elenco nunca foi o ponto forte do Brentford, que tinha em seu treinador sua grande força. Nessa temporada, além de perder o comandante, ainda viu peças-chave se despedirem sem reposições a altura.
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TÉCNICO –
Um dos auxiliares do ex-comandante Thomas Frank, Keith Andrews sofre pela falta de experiência. Se conseguir manter o modelo de seu antecessor, poderá dar bons frutos ao time. Antes do início da temporada, porém, é uma incógnita.
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MERCADO –
Time fez investimentos interessantes em Jordan Henderson e Kelleher, mas sofreu com as saídas de Mbeumo e Norgaard, além de ainda correr risco de perder outros nomes importantes como Yoane Wissa.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
Em sua quinta temporada seguinte na elite, o time acumula algumas boas campanhas, como o 10º lugar da última temporada, além de conquistar algumas vitórias importantes contra times de peso do topo da tabela, incluindo Arsenal e Manchester City.
Kelleher; Kayode, Pinnock, Nathan Collins e Rico Henry; Henderson, Janelt, Fábio Carvalho, Damsgaard e Schade; Wissa.
O Brentord tem técnico novo, o Andrews era técnico de bola parada. É desses times de manutenção, vende muitos jogadores, como vendeu Mbeumo e corre o risco de perder o Wissa. Muito boa contratação do Jordan Henderson e do Kelleher, jogadores com história no Liverpool e que podem desempenhar bem. Mas acho que até eles ficaram assustados com algumas saídas.
Leeds – 6 pontos
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ELENCO –
O elenco recém-promovido do Leeds não inspira tanta confiança, contando com uma série de jogadores que são mais conhecidos por não vingarem o que se esperava, como Ampadu, Daniel James e o centroavante Bamford.
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TÉCNICO –
O alemão Daniel Farke já acumula larga experiência no futebol inglês. Sua passagem pelo Norwich o notabilizou como especialista em acessos, fato que se confirmou com o Leeds na conquista de seu tricampeonato da Championship. Na Premier League, porém, nunca conseguiu demonstrar um salto de qualidade.
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MERCADO –
Na volta à elite, a diretoria fez apostas em nomes pouco conhecidos, mas com algum lastro de carreira, como o centroavante Lukas Nmecha, o meia Sean Longstaff e até o goleiro brasileiro Lucas Perri. Nas saídas, Firpo, Manor Solomon e Guilavogui são três nomes cujas ausências serão sentidas.
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ÚLTIMAS CAMPANHAS –
O Leeds até voltou bem para a Premier League, mas, depois de três temporadas, caiu novamente. Nos últimos dois anos, foi bem na Championship, batendo na trave pelo acesso em 2024 e conquistando o título na última temporada.
Lucas Perri; Bogle, Rodon, Bijol e Gudmundsson; Ampadu, Tanaka, Daniel James, Sean Longstaff e Harrison; Piroe.
É preocupante a situação do Leeds. O Leeds foi campeão da última segunda divisão, tem a manutenção do mesmo técnico, mas não tem elenco para competir de igual para igual o tempo inteiro pela permanência. Apesar de ter um bom técnico.