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Guia do US Open 2025: estreia de João Fonseca, favoritos e mais

“Quer se divertir com encanto e primor? Só precisa viver um verão em Nova York!”

Assim como o cantor porto-riquenho Bad Bunny diz na música “NUEVAYoL”, a cidade na costa leste dos Estados Unidos é sinônimo de diversão nessa época do ano, especialmente para os fãs de tênis.

Neste domingo (24), começa a chave principal de simples do US Open, o último dos quatro Grand Slams da temporada e que tem transmissão de todas as quadras no Disney+ Premium.

As partidas começam ao meio-dia, no horário de Brasília, e podem invadir a madrugada, com a sessão noturna a partir das 20h. Diariamente, às 19h, o programa Pelas Quadras vai analisar os principais jogos do dia com Fernando Meligeni e toda a equipe de especialistas da ESPN.

O Aberto dos Estados Unidos promete duelos primorosos com as estrelas do circuito mundial de tênis. No masculino, o líder do ranking Jannik Sinner quer defender o seu título e terá como principais rivais Carlos Alcaraz, número 2 do mundo, e Novak Djokovic, que busca o 25º major da carreira.

Já no feminino, a atual campeã Aryna Sabalenka promete agitar Nova York e vê pela frente a vice-líder do ranking Iga Swiatek como principal adversária, além da americana Coco Gauff que a derrotou na final do US Open de 2023 e na decisão de Roland Garros.

O Brasil também terá representantes na chave principal do major com a sensação João Fonseca, que acaba de completar 19 anos, fazendo sua estreia no US Open. No feminino, a número um do país Beatriz Haddad Maia entra sob pressão para defender seus pontos conquistados no ano passado, quando chegou até as quartas de final. Além dos dois nas simples, não faltam brasileiros para torcer nas duplas, juvenil e tênis em cadeira de rodas.

Pronto para se encantar com o US Open 2025? A ESPN preparou um guia completo do último Grand Slam da temporada!

Conteúdo oferecido por Itaú, Ademicon, Engie, Mitsubishi, Philco e Seara

História do US Open

O torneio começou a ser disputado em 1881 com o nome de Campeonato Nacional dos Estados Unidos em quadras de grama em Newport. Era exclusivo para tenistas associados a clubes filiados à Associação Nacional de Tênis na Grama dos Estados Unidos (USNLTA). Por seis anos, a disputa era apenas masculina até que em 1887, as mulheres disputaram pela primeira vez o torneio, só que na Philadelphia.

O precursor do Aberto dos Estados Unidos no final do século XIX e início do XX teve diversos formatos e sedes, incluindo uma competição em cada costa dos EUA, que as duas melhores duplas de cada conferência se enfrentavam nas semifinais. Em 1892, a chave de duplas mistas, alvo de polêmicas na edição atual (leia abaixo), começou a ser realizada.

Em 1915, o Campeonato Nacional dos Estados Unidos passou a ser realizado em Nova York, na região dos Queens e no tradicional clube de tênis West Side, no bairro de Forest Hills. A chave feminina continuou sendo disputada na Philadelphia até 1921, enquanto as duplas eram realizadas em Massachusetts.

O torneio ganhou “status” de um Grand Slam apenas na década de 30, quando o termo que corresponde a melhor jogada do jogo de baralho bridge (ponte em inglês), em que o jogador leva todas as cartas, foi associado ao tênis para designar os principais torneios de cada país que venceu a Copa Davis, a “copa do mundo” da modalidade: Austrália, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Em 1968, tudo mudou com o início da Era Aberta, quando os profissionais foram permitidos a disputar todas as chaves do torneio, que ganhou o novo nome de US Open. Na época, a premiação total dessa primeira edição foi de 100 mil dólares. Em 1973, o Aberto dos Estados Unidos se tornou o primeiro Grand Slam a pagar o mesmo valor para homens e mulheres.

Em 1975, as quadras de grama deram lugar para as saibro e, graças aos holofotes recém-instalados, as partidas também eram disputadas à noite. Após três anos na terra batida, o US Open migrou para o novo complexo da Associação Nacional de Tênis dos Estados Unidos (USTA) em Flusing Meadowns, também nos Queens. Desde então, a superfície do US Open foi concretizada nas quadras duras e no complexo que recebe o torneio até hoje.

O Aberto dos Estados Unidos, inclusive, é o único major disputado ininterruptamente desde sua primeira edição, mesmo durante as Grandes Guerras Mundiais e a pandemia da Covid-19. O complexo em Flushing Meadows batizo em homenagem a Billie Jean King em 2006.

Favoritos para o US Open 2025

Há uma semana, a resposta sobre o favorito da chave masculina de simples do US Open era tão clara quanto a neve: Jannik Sinner. No entanto, com o calor dos Estados Unidos em agosto, ela derreteu e virou uma água turva.

O número um do mundo e atual campeão do Grand Slam americano vinha em uma sequência impressionante de 56 vitórias em quadra dura, desde o final do ano passado. Além disso, o italiano venceu os últimos 3 majors disputados nessa superfície, o Australian Open (2025 e 2024) e o US Open de 2024. Sua última derrota em um jogo de cinco sets nesse piso foi na oitavas de final do Aberto dos Estados Unidos de 2023 para em Alexander Zverev por 3 sets a 2.

Porém, na última segunda, tudo mudou. Sinner precisou abandonar a final do Masters 1000 de Cincinnati contra Carlos Alcaraz por mal-estar e alegou que não se sentia bem desde domingo. O vice ‘frustrante’ e dúvida sobre sua condição física para o US Open levantaram interrogações sobre o seu favoritismo que antes, era claro.

Do outro lado chave, está Alcaraz, embalado pelo título na última semana. O tenista de 22 anos conquistou seu primeiro Grand Slam em Nova York em 2022 e se apresenta como nome mais indicado ao ao título com as dúvidas acerca de seu grande rival. Motivado para apagar a decepção que foi sua campanha no ano passado, quando foi eliminado na 2ª rodada, o Carlitos lidera a temporada em número de títulos (6) e jogos vencidos (54).

Esses números fazem com que seja natural apontar para os dois, que venceram os últimos 7 Grand Slams, sejam os favoritos para também triunfar no US Open.

Ainda assim, nunca é bom deixar de fora o experiente Novak Djokovic, recordista em títulos de major com 24 conquistas, sendo quatro delas em Nova York. Além do sérvio de 38 anos, Ben Shelton, de 22, foi campeão do Masters 1000 Toronto há duas semanas, e também se coloca entre os principais candidatos ao título. Os outros integrantes do top 4 do ranking, Zverev e o americano Taylor Fritz aparecem correndo por fora. Shelton, Zverev e Fritz buscam o primeiro título de Grand Slam da carreira.

Na chave feminina, o favoritismo está bem dividido entre os principais nomes do circuito. Aryna Sabalenka, número um do mundo e atual campeã, deve dividir os holofotes com Iga Swiatek, que acaba de conquistar o WTA 1000 de Cincinnati.

Sabalenka aparece ligeiramente na frente justamente por conta do piso duro de Nova York. Ela venceu seus três títulos de Grand Slam nessa superfície, sendo os dois primeiros no Australian Open em 2023 e 2024, e o mais recente no último US Open.

Na atual temporada, ela já chegou às finais do Aberto da Austrália e em Roland Garros, mas em ambas foi derrotada. Com um aproveitamento estrondoso em 2025, com 50 vitórias em 60 jogos, a belarussa não quer ficar sem nenhum título de major para coroar essa temporada brilhante.

Número 2 do mundo, Swiatek conhece o caminho das pedras em Nova York. Em 2022, ela foi campeã e levou seu terceiro título de Grand Slam da carreira. Desde então, ela venceu outros três, sendo o mais recente em Wimbledon no mês passado. Porém, foi no saibro que ela mais brilhou, vencendo quatro Abertos da França desde 2020.

Em 2025, Iga só não tem mais vitórias no circuito do que a rival Sabalenka e carrega um retrospecto impressionante em majors, com semifinais na Austrália e Roland Garros, além do título na grama de Londres. Essa conquista, inclusive, parece ter tirado um peso das costas da polonesa de 22 anos, que não tinha levantado nenhum troféu na temporada, apesar de quase sempre chegar entre as semifinalistas. Desde então, ela embalou e garantiu seu segundo título em Cincinnati.

Além das duas, Coco Gauff, campeã do US Open de 2023 e que derrotou Sabalenka na última decisão de Roland Garros, e Madison Keys, que venceu a n 1º do mundo no Australian Open no início do ano, também se colocam como candidatas ao título em Nova York. Elas, no entanto, não fizeram uma boa gira nas quadras duras da América do Norte nas últimas semanas estão bem abaixo das duas principais favoritas. Um degrau abaixo da dupla, Mirra Andreeva, 5 do ranking e de 18 anos, também aparecem correndo por fora e já com título importante no início da temporada, o WTA 1000 de Indian Wells, na quadra dura da Califónia.

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1:08

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João Fonseca, Bia Haddad e os brasileiros no US Open

Uma das sensações do circuito mundial, João Fonseca não está entre os favoritos, mas é um dos principais destaques desta edição do US Open. O jovem brasileiro foi convidado para jogar uma exibição ao lado do argentino Juan Martín Del Potro, campeão do Grand Slam em 2009, na última quinta-feira, quando completou 19 anos. Os dois sul-americanos enfrentaram os americanos Alex Michelsen, da mesma geração de João, e Andy Roddick, último homem dos Estados Unidos a levantar o troféu em 2003.

Esse convite mostra como João Fonseca está com moral com a organização do torneio e prestigiado pelo mundo inteiro. Número 44 do mundo, ele disputa pela primeira vez a chave principal do US Open, onde ele foi campeão juvenil em 2023 e, no ano passado, foi eliminado na rodada final do quali. Na atual temporada, ele disputou os outros três Grand Slams. No Austrália Open, furou o quali e venceu o top 10 Andrey Rublev na 1ª rodada, mas foi eliminado na 2ª. Em Roland Garros, avançou até a 3ª rodada e alcançou a mesma fase em Wimbledon. João Fonseca estreia contra o sérvio Miomir Kecmanovic, atual 45º do ranking da ATP.

No feminino, Beatriz Haddad Maia é a única representante do Brasil na chave de simples. Número 20 do ranking da WTA, Bia vive um momento complicado, com quatro derrotas seguidas para adversárias de pior ranking desde Wimbledon e incluindo eliminações nas estreias do WTA 1000 de Toronto, Cincinnati e, na última semana, no WTA 500 de Monterrey.

A brasileira de 29 anos chega no US Open sob pressão, já que precisa defender os 430 pontos conquistados no ano passado, quando chegou às quartas de final. Bia, no entanto, só chegou nessa fase em dois torneios na atual temporada, quando fez semifinal no WTA 500 de Estrasbourgo, no saibro, e quandou foi eliminada nas quartas do WTA 500 de Bad Homburg, na grama.

Em 2025, a nº 1 do Brasil venceu apenas dois jogos em quadra dura, ambos no Australian Open em janeiro. No ano, ela tem um retrospecto de 10 vitórias em 23 jogos, contando todos os pisos e espera melhorar esses números diante da britânica Sonay Kartal na estreia do US Open. Ambas já se enfrentaram em Indian Wells, com a tenista nascida em Londres levando a melhor.

Além dos tenistas nas simples, o Brasil contará com um esquadrão de peso nas duplas. A chave só será divulgada no dia 26 de agosto e a disputa começa no sábado, dia 30 de agosto. No masculino, devemos contar com Fernando Romboli, Rafael Matos, Marcelo Melo, Orlando Luz e Marcelo Demoliner, enquanto no feminino Beatriz Haddad Maia, Luisa Stefani e Ingrid Martins devem jogar também.

A partir do 31 de agosto, será disputado a chave juvenil do US Open. Os brasileiros confirmados são João Pedro Bonini e Luis Guto Miguel no masculino e Victoria Barros e Nauhany Silva, ambas de 15 anos, no feminino. Além dos quatro, que devem jogar simples e duplas, Pedro Henrique Chabalgoity está no qualificatório.

Também na segunda semana do Grand Slam, a partir do dia 2 de setembro, será disputada a chave de tênis em cadeira de rodas com representantes do Brasil. Vitória Miranda, campeã de simples e duplas em Roland Garros e no Australian Open, Luiz Calixto e Daniel Rodrigues. Na categoria Quad, Leandro Pena e Ymanitu Silva também estão pertos de se classificar.

Polêmica nas duplas mistas

A chave principal do US Open começa neste domingo, mas a edição de 2025 do Grand Slam americano já foi iniciada com uma grande polêmica. Em um novo formato, as duplas mistas foram disputadas na semana dos fãs (fan week), que antecede a chave principal, com as principais estrelas do circuito em uma iniciativa para atrair mais torcedores (e dinheiro) para a modalidade.

Os duplistas, que em sua maioria foram excluídos, não ficaram muito contentes e a novidade gerou diversas críticas. Independentemente disso, o experimento, de fato, atraiu muitas pessoas para o complexo Billie Jean King, em Flush Meadows, na região de Queens. 78 mil fãs entraram nos portões do US Open para acompanhar os dois dias das novas duplas mistas, além de poder acompanhar, de graça, alguns treinos e os jogos do qualificatório.

Esportivamente, quem ficou com o título foi a dupla Sara Errani e Andrea Vavassori, justamente os únicos “especialistas” classificados para a disputa, já que a organização levou em consideração apenas o ranking de simples para definir a classificação. Os dois italianos eram os atuais campeões do US Open e levantaram o título mais uma vez, derrotando Iga Swiatek e Casper Ruud na decisão.

Maiores campeões do US Open

Na Era Aberta, Roger Federer divide o posto de maior campeão de simples com os americanos Pete Sampras e Jimmy Connors, todos com cinco conquistas cada. O suíço, que se aposentou em 2022, venceu de forma consecutiva, de 2004 a 2008.

Atrás dos três, aparecem Novak Djokovic, que venceu o quarto título em 2023 e segue em busca do quinto, Rafael Nadal, que se despediu do circuito no ano passado e John McErnoe.

No feminino, as americanas Chris Evert e Serena Williams dividem a liderança em títulos de simples na Era Aberta com seis conquistadas cada uma. Em seguida, estão a alemã Steffi Graf com cinco títulos e também americana Martina Navratilova com quatro troféus.

Entre os tenistas em atividade que já levantaram o caneco em Nova York estão o atual campeão Jannik Sinner, Carlos Alcaraz (2022), Daniil Medvedev (2021), Stan Wawrinka (2016) e Marin Cilic (2024), todos com uma conquista cada.

No feminino, aparecem Naomi Osaka (2018 e 2020), seguida pela atual campeã Aryna Sabalenka, Coco Gauff (2023), Iga Swiatek (2022), Emma Raducanu (2021), Bianca Andreescu (2019) e Sloane Stephens (2017).

Contando os títulos de duplas, Mike Bryan, dos Estados Unidos, lidera a lista com nove conquistas (cinco nas masculinas e quatro nas mistas). No feminino, Navratilova encabeça a estatística com 12 conquistas, além das quatro de simples, durante trinta anos. Foram 9 nas duplas femininas e 3 nas mistas.

Premiação do US Open 2025

Outro recorde desta edição do US Open é no campo financeiro. A organização do torneio anunciou na última semana uma premiação total de 90 milhões de dólares (cerca de R$ 490 milhões), a maior da história do tênis. O aumento do prize money foi de 20% em relação ao ano atenrior.

Pela primeira vez em um Grand Slam, os campeões das chaves de simples — tanto no masculino quanto no feminino — receberão US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 27 milhões). O valor representa um aumento de 39% em relação aos US$ 3,6 milhões pagos aos vencedores no ano passado.

Mesmo os tenistas eliminados precocemente terão compensações mais robustas. Quem cair na primeira rodada da chave principal, por exemplo, receberá US$ 110 mil.

Premiação detalhada – US Open 2025 Simples (Masculino e Feminino)

Campeão: US$ 5.000.000

Vice: US$ 2.500.000

Semifinais: US$ 1.260.000

Quartas: US$ 660.000

Oitavas: US$ 400.000

3ª rodada: US$ 237.000

2ª rodada: US$ 154.000

1ª rodada: US$ 110.000

Duplas (por equipe)

Campeões: US$ 1.000.000

Vices: US$ 500.000

Semifinais: US$ 250.000

Quartas: US$ 125.000

Oitavas: US$ 75.000

2ª rodada: US$ 45.000

1ª rodada: US$ 30.000

Duplas mistas (por equipe)

Campeões: US$ 1.000.000

Vices: US$ 400.000

Semifinais: US$ 200.000

Quartas: US$ 100.000

Oitavas: US$ 20.000

Qualifying – Simples (Masculino e Feminino)

3ª e última rodada (32): US$ 57.200

2ª rodada (64): US$ 41.800

1ª rodada (128): US$ 27.500

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