Neymar é o grande astro do Santos. De volta à casa que lhe formou desde o início do ano, o camisa 10 não se esconde do protagonismo – e isso quem garante são seus companheiros.
Mas até mesmo Ney é capaz de cometer erros. Convidado do Bola da Vez deste sábado (16), com transmissão inédita do Disney+ às 22h (de Brasília), Guilherme falou sobre isso.
Questionado sobre como o time santista reage a um erro de Neymar, o camisa 11 explicou que a convivência com o craque até surpreende por seu jeito mais acessível e que ele mesmo dá abertura para ser cobrado por colegas dentro de campo.
“É uma mistura de peso com privilégio e privilégio com peso. É uma maluquice, porque o Neymar é o meu maior ídolo no futebol. Estar jogando ao lado dele é algo surreal, algo que eu nunca imaginei. O cara sonha, mas é algo muito distante. E hoje estar ali dividindo não só o campo, mas o vestiário, o dia a dia… E ele é acessível. O Neymar é um cara super tranquilo”
“Várias vezes eu chamo a atenção, não chamo a atenção, mas é uma troca ali no meio do jogo, tanto nós com ele… Claro que não são todos os jogadores que de repente… Eu falo de mim, Guilherme, no campo eu consigo ter uma liberdade tranquilamente com ele de falar, cobrar, e ele comigo também, 100%. É um cara extraordinário”
Guilherme ainda fez questão de ressaltar que é natural ver Neymar mais ativo em campo, exaltando sua capacidade de chamar o jogo para si. Além disso, o camisa 11 admitiu: se Ney pede a bola, ele recebe na hora.
“Ele consagra a gente toda hora. Inconscientemente já é normal a gente ver o Neymar e tocar a bola para ele. Jogar com o Neymar é muito fácil. Independentemente do setor do campo que ele estiver, ele vai querer a bola, ele sempre foi assim, participativo, em qualquer lugar do campo ele vai decidir. Às vezes ele está longe do gol para pegar a bola, mas é o que ele fala, ele tá com a bola e ele só quer que a gente se movimente para ele achar os passes”, afirmou.
“Tem várias vezes que nem tem espaço e ele faz umas magias lá e acaba achando espaço e facilita o jogo para nós. Então, não tem jeito. O Neymar aparece lá e pede a bola, a gente toca pra ele. E confesso que quando a gente toca pra ele, e ele tenta algo e não dá certo a cobrança não é igual, não. Não tem como. Vai além da grandeza dele, do jogador, é normal. É um cara que às vezes ele vai errar até mais do que a gente porque ele pega também mais na bola do que a gente”, seguiu.
“Ele é um cara que toda hora está tentando coisas que a gente também nem tenta. Então, ele vai errar muito mais do que a gente, mas ele também vai acertar muito mais do que a gente. E, bom, a gente tá falando do Neymar, então é natural. O Amado (forma carinhosa que Guilherme chama os companheiros e neste caso se refere a Neymar) lá aparece, a gente toca a bola para ele e só se movimenta. Ele já avisou isso antes para mim e para todos: ‘O Neymar tá com a bola, se movimenta aí que eu vou achar, vou fazer alguma coisa’”, finalizou.