O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os três poderes precisam pensar “estrategicamente” em como vão tratar dos minerais críticos de terras raras brasileiras. “O padrão brasileiro é exportar commodity. E nós devemos pensar nesse caso específico porque é um caso muito especial, não é como minério de ferro. Tem muitos lugares. Aqui não. Aqui você tem concentração no Brasil. Em poucos países, na China tem muito, no Brasil tem muito. E por isso que a turma fica de olho no território nacional”, comentou Haddad.
“Nós tínhamos que pensar uma forma de agregar valor a esse minério”, completou durante participação na comissão mista que analisa a medida provisória (MP) alternativa ao IOF.
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Ele lembrou que o governo brasileiro chegou a discutir com o governo dos Estados Unidos, na gestão do ex-presidente Joe Biden, a possibilidade de joint ventures no Brasil para produção de baterias no país e para a transferência de tecnologia.
“Nós chegamos a começar esse entendimento. E eu espero que nós possamos fazer com a Europa, com a China, com os Estados Unidos, que são nossos parceiros, fazer acordos de cooperação tecnológica para agregar valor no Brasil”, afirmou. Ele defendeu que o Brasil não seja “um simples exportador de mais uma commodity”, e acrescentou que esse debate não pode ser adiado.
Projeto de renúncia fiscal
O ministro também respondeu a uma questão sobre o projeto de renúncia fiscal que está em análise pela Câmara dos Deputados. A matéria define critérios para a concessão de benefícios fiscais.
Ele disse que o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) tem procurado a equipe econômica para debater e, eventualmente, compatibilizar esse texto com o do governo. “Está havendo ali um entendimento para ver se nós chegamos a um acordo.”