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Haddad nega retaliação às tarifas de Trump

O ministro da Fazenda Fernando Haddad negou, no sábado 19, qualquer estudo para endurecer o controle sobre dividendos como reação às tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Em nota oficial divulgada nas redes sociais, Haddad reforçou que “a adoção de medidas mais rigorosas de controle sobre os dividendos não está em consideração”.

Ele também rejeitou a possibilidade de o Brasil retaliar diretamente os Estados Unidos neste momento, como chegou a ser especulado durante a semana. A declaração ocorre depois de intensas discussões diplomáticas desde o anúncio do tarifaço por Trump.

Na semana anterior, Trump anunciou uma tarifa de 50% a produtos brasileiros exportados para os EUA. Ele declarou que a taxa foi por razões políticas.

“Conheço o ex-presidente (Jair Bolsonaro)”, declarou Trump, em entrevista na Casa Branca. “Ele lutou muito pelo povo brasileiro… o que estão fazendo com ele é terrível.”

Trump ainda enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual classificou o julgamento de Bolsonaro como “uma vergonha internacional” e mencionou tratar-se de uma “Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”.

Antes da declaração de Haddad, governo Lula estudava limitar remessa de dividendos de empresas dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado do ministro, Fernando Haddad, durante cerimônia de lançamento do programa “Crédito do Trabalhador”, em Brasília, DF (12/3/2025) | Foto: Antonio Cruz/Agência BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado do ministro, Fernando Haddad, durante cerimônia de lançamento do programa “Crédito do Trabalhador”, em Brasília, DF (12/3/2025) | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado do ministro, Fernando Haddad, durante cerimônia de lançamento do programa “Crédito do Trabalhador”, em Brasília, DF (12/3/2025) | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Antes de declaração pública de Haddad, foi noticiado na imprensa que o governo Lula estudava alternativas de resposta caso as negociações diplomáticas não avancem.

Entre as opções em análise, estariam a possibilidade de limitar a remessa de dividendos de empresas norte-americanas que atuam no país.

De acordo com as notícias, o Planalto avaliava essas medidas diante da manutenção ou possível ampliação da tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros. Ela tem previsão para entrar em vigor em 1º de agosto.

Brasil segue recuado

O governo brasileiro tem evitado adotar reações diretas. Apesar disso, o presidente Lula declarou que o país é soberano e não aceitará tutela externa.

Uma nova correspondência foi encaminhada à Casa Branca nesta semana, assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro Mauro Vieira, exigindo resposta à manifestação enviada em maio. Até o momento, não houve retorno americano.

No aspecto legal, o Palácio do Planalto estuda o acionamento da Lei da Reciprocidade Econômica, regulamentada nesta semana, que autoriza o país a adotar medidas semelhantes contra nações que impuserem sanções unilaterais.

Lula declarou que o uso da lei será feito “quando necessário”, indicando a intenção de buscar apoio internacional para levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC). “A partir daí, se não houver solução, nós vamos entrar com a reciprocidade já a partir de 1º de agosto, quando ele começa a taxar o Brasil”, disse Lula em entrevista.

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