Os corpos de quatro reféns sequestrados por terroristas do Hamas e mantidos em Gaza por mais de 16 meses foram devolvidos a Israel na madrugada desta quinta-feira, 26. Em troca dos restos mortais, Israel concordou em libertar centenas de prisioneiros palestinos.
A última transferência da fase inicial do cessar-fogo ocorreu com apoio da Cruz Vermelha. Assim que recebeu os corpos, a entidade os transferiu para as Forças de Defesa de Israel (FDI), segundo o jornal Times of Israel.
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Os restos mortais devolvidos incluem o corpo de Shlomo Mantzur, de 85 anos, considerado o refém mais velho capturado em 7 de outubro. Autoridades militares israelenses anunciaram em 11 de fevereiro que Mantzur havia sido morto durante o ataque e seu corpo estava mantido por terroristas em Gaza.
Os corpos de Itzik Elgarat, Tsahi Idan e Ohad Yahalomi também serão devolvidos a Israel. Elgarat tinha 69 anos no momento de seu sequestro; Idan e Yahalomi tinham 49 anos. Suas mortes não haviam sido anunciadas anteriormente pelas FDI.
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O Hamas disse que a troca ocorreria simultaneamente, o que não ocorreu. Em comunicado, o Serviço Penitenciário de Israel disse que só libertaria os prisioneiros palestinos depois que os corpos dos quatro reféns chegassem a Israel e fossem devidamente identificados.
Em troca dos quatro, Israel disse que planejava libertar mais de 600 prisioneiros palestinos. Entre eles, dezenas cumpriam múltiplas penas de prisão perpétua por atuar em ataques terroristas.
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Entre os prisioneiros que devem ser libertados, 50 cumprem penas de prisão perpétua por ataques mortais contra israelenses. A lista inclui o mais antigo terrorista preso no país: Nael Barghouti, que cumpriu 44 anos sob custódia israelense por matar o motorista de ônibus Mordechai Yekuel, em 1978.
Ammar Zaban, figura proeminente do Hamas, também seria libertado. Zaban foi condenado a 27 penas de prisão perpétua por seu envolvimento em numerosos ataques terroristas, como o atentado suicida de 1997 no mercado Mahane Yehuda, em Jerusalém, que matou 16 pessoas.
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