O homem se considera um entusiasta do cultivo da cannabis e diz ter criado uma nova versão do entorpecente ao cruzar variedades de skunk
Publicado: 02/07/2025, 18:43

A Operação Hervachips foi deflagrada nessa terça-feira –
Um homem que se descreve como “entusiasta do cultivo da cannabis” mantinha estufas no Distrito Federal (DF) onde cultivava “maconha gourmet” de alto valor. Após o preparo, a droga era levada a um apartamento na Asa Norte, que funcionava como centro de armazenamento e distribuição do entorpecente.
O traficante, formado em educação física, faixa preta de judô e atualmente personal trainer, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Seção de Repressão às Drogas (SRD) da 6ª Delegacia de Polícia, durante a Operação Hervachips, deflagrada nessa terça-feira (1°).
Segundo a polícia, o laboratório do crime foi descoberto a partir de uma denúncia anônima. Durante as investigações, a polícia constatou que o homem utilizava um sítio na região do Paranoá para o cultivo e colheita de um tipo de maconha com alto teor de THC (tetrahidrocanabinol) e elevado valor comercial.
Foi descoberto, ainda, que o comerciante ilegal anunciava e negociava a venda das substâncias por meio de suas redes sociais. A equipe policial realizou diversas diligências para desarticular o plantio em estufas e a distribuição ilegal de drogas gourmet no DF.
À polícia, ele contou que se considera um entusiasta do cultivo da Cannabis sativa e estudou por anos para aprimorar a qualidade da substância cultivada. Ele informou, também, que criou uma nova versão do entorpecente ao cruzar as variedades de skunk conhecidas como “Freak” e “Garlic”, obtendo assim uma mutação com elevado teor de THC.
Embora possuísse um salvo-conduto (Habeas Corpus) para cultivar maconha para fins medicinais, a investigação concluiu que o homem realizava comércio ilícito da droga, obtendo lucro significativo com a venda ilícita.
Apreensões – No sítio alvo da investigação, os policiais encontraram três estufas contendo diversos pés de uma variação de skunk, uma maconha gourmet que, no mercado ilegal, pode custar até R$ 150 a grama.
Também foram apreendidos diversos materiais utilizados no cultivo, como sementes, fertilizantes e máquinas para moer plantas. As estufas contavam com lâmpadas especiais para acumular calor, sistema de ventilação, além de monitoramento de temperatura e umidade.
No apartamento da Asa Norte, foi encontrada uma quantidade significativa de skunk pronta para a venda e armazenada em refrigeração. Também foram apreendidos três simulacros de arma de fogo e dinheiro em espécie.
Com informações de Metrópoles.