A Huawei anunciou a chegada ao Brasil de sua inteligência artificial generativa, Pangu, desenvolvida para atender empresas e setores estratégicos. Ao contrário de ferramentas como ChatGPT e Deepseek, voltadas para o público geral, a tecnologia foca soluções corporativas, conforme informou a coluna do Broadcast do jornal O Estado de S. Paulo.
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Projetada para lidar com problemas complexos, a Pangu irá oferecer suporte a segmentos como mineração, transporte, logística, agricultura e bioquímica. Seu diferencial está na capacidade de processar grandes volumes de dados e executar tarefas com eficiência superior a dos métodos tradicionais.
Na China, um dos maiores destaques da Pangu foi a previsão de tufões. O sistema reduziu o tempo de cálculo da trajetória de um fenômeno climático de cinco horas para apenas dez segundos, e usou um banco de dados meteorológicos acumulados ao longo de 40 anos.


Hauwei adaptou a Pangu para português
A Huawei lançou a Pangu na China, em 2023, inicialmente com suporte para mandarim e inglês. No Brasil, a ferramenta passou por adaptações para operar diretamente em português, e eliminou a necessidade de tradução de grandes volumes de informação.
A escolha do português antes do espanhol, um dos idiomas mais falados no mundo, demonstra o interesse estratégico da Huawei no mercado brasileiro. Durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, o presidente da Huawei Cloud Brasil, Yang Hua, confirmou o compromisso da empresa em expandir suas operações no país.
Huawei aumenta concorrência e crescimento do setor
A disputa entre gigantes da tecnologia pelo mercado de IA empresarial se intensifica. Empresas como Microsoft, Alphabet, Amazon e Meta aumentam os investimentos no setor, impulsionadas pelas perspectivas de aumento de produtividade e redução de custos.
De acordo com a consultoria Bain & Company, o mercado global de inteligência artificial crescerá, em média, 50% ao ano, e pode alcançar quase US$ 1 trilhão até 2027.